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10 de jul 2025

Estudo revela que sintomas de abstinência de antidepressivos são menos frequentes

Novo estudo aponta que a interrupção de antidepressivos gera menos sintomas de abstinência do que se pensava, aliviando preocupações dos pacientes.

Interromper tratamento com antidepressivos causa sintomas menos intensos do que se acreditava, aponta estudo (Foto: Pixabay)

Interromper tratamento com antidepressivos causa sintomas menos intensos do que se acreditava, aponta estudo (Foto: Pixabay)

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Um novo estudo publicado na JAMA Psychiatry revela que a interrupção do uso de antidepressivos pode causar menos sintomas de abstinência do que se acreditava anteriormente. A pesquisa, realizada por cientistas de instituições renomadas, analisou a experiência de pacientes nas semanas após a suspensão do tratamento.

Os resultados indicam que a maioria dos participantes relatou apenas um sintoma leve após uma semana sem a medicação. O estudo descartou mudanças de humor como sintoma de abstinência, sendo a tontura o efeito mais frequentemente mencionado. Isso contrasta com pesquisas anteriores, que sugeriam que até metade dos pacientes poderia sofrer de sintomas como náusea e dor de cabeça.

Análise do Estudo

A coautora do estudo, Gemma Lewis, professora associada de epidemiologia psiquiátrica na University College London, explica que estudos anteriores tendiam a incluir pacientes que já apresentavam sintomas de abstinência, o que poderia ter superestimado os resultados. O paciente médio do novo estudo apresentou apenas um sintoma, enquanto a pesquisa considerava que seriam necessários pelo menos quatro para caracterizar a abstinência.

Além da tontura, alguns pacientes relataram sintomas como náusea e nervosismo, que, segundo Sameer Jauhar, pesquisador principal do estudo, fazem sentido do ponto de vista biológico. Jauhar também destacou a importância de diferenciar entre recaída e abstinência, enfatizando que uma recaída depressiva requer tratamento.

Implicações Clínicas

A equipe revisou cerca de 50 estudos sobre o tema, totalizando mais de 17 mil participantes. Jauhar espera que os novos achados ajudem a tranquilizar pacientes e a orientar decisões clínicas, especialmente após relatos anteriores de sintomas intensos que levaram o Royal College of Psychiatry a atualizar suas diretrizes.

A chefe de psiquiatria da Universidade de Freiburg, Katharina Domschke, considera o estudo um avanço importante para desestigmatizar o uso de antidepressivos, sugerindo que o termo "sintomas de abstinência" seja reservado para casos de dependência química.

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