10 de jul 2025
Suicídios em direção do Ministério da Economia da França geram grande comoção
Sindicatos exigem investigações após treze suicídios na Direção Geral de Finanças Públicas, superando taxas anteriores e gerando alarmo.

Ministro da Economia francês, Eric Lombard, no palácio do Elíseo. (Foto: NurPhoto via Getty Images)
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Desde o início de 2023, treze suicídios foram registrados entre os funcionários da Direção Geral de Finanças Públicas (DGFiP) na França, um número alarmante que supera as taxas anteriores. O ministro da Economia, Éric Lombard, afirmou que não vê relação entre esses casos e a carga de trabalho, enquanto sindicatos exigem investigações mais profundas sobre as causas.
A situação na DGFiP, que conta com cerca de 94 mil trabalhadores, tem gerado preocupações crescentes. Em 2012, o órgão enfrentou um período crítico com 19 suicídios, mas os números haviam diminuído para uma média de seis a doze por ano até agora. Contudo, em apenas seis meses de 2023, já foram registrados 13 casos, o que representa uma taxa alarmante em comparação à média nacional de 13,4 mortes por 100 mil habitantes.
A diretora da DGFiP, Amélie Verdier, reconheceu a gravidade da situação, afirmando que esses eventos traumatizam a equipe. O primeiro suicídio do ano ocorreu em 10 de janeiro, quando um jovem inspector foi encontrado sem vida em seu local de trabalho. Além disso, outras tentativas de suicídio foram relatadas, aumentando a preocupação entre os funcionários.
Reuniões e Demandas
Recentemente, uma reunião foi realizada entre sindicatos e a direção do ministério para discutir a onda de suicídios. O psiquiatra François Ducrot, especialista em comportamentos suicidas, participou do encontro e destacou que o suicídio é um fenômeno multicausal, envolvendo fatores biológicos, sociais e profissionais. Ele enfatizou a dificuldade em estabelecer uma relação direta entre o trabalho e os suicídios.
Os sindicatos pedem que investigações sejam realizadas independentemente do local do falecimento, para entender melhor a situação e buscar soluções. Uma pesquisa interna revelou que 60% dos funcionários acreditam que a DGFiP não está evoluindo positivamente, e um terço considera seu nível de estresse como muito alto.
A pressão sobre a DGFiP é crescente, e a necessidade de uma abordagem mais sensível e investigativa se torna cada vez mais urgente.
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