19 de jan 2025
A noite polar revela segredos sobre o sono e o bem-estar no Ártico
A noite polar no Ártico traz escuridão prolongada, afetando sono e humor. Pesquisas mostram que mentalidade positiva melhora bem estar durante o inverno. Exercícios físicos e cronograma de sono consistente são essenciais para adaptação. Transtorno afetivo sazonal afeta até 10% da população em regiões mais ao norte. Moradores locais, como Sámi, lidam melhor com a escuridão e insônia que visitantes.
o Sol não aparece por várias semanas no pico do inverno, o que pode criar problemas do sono para algumas pessoas. (Foto: Getty Images)
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A noite polar, que ocorre em regiões do Ártico, traz desafios e belezas únicas para seus moradores. Durante semanas, o Sol permanece abaixo do horizonte, resultando em um ambiente escuro e frio, mas que, paradoxalmente, é iluminado por fenômenos como a aurora boreal e o brilho da neve. Esther Berelowitsch, uma residente de Inari, na Finlândia, afirma que a noite polar, que dura seis semanas em sua localidade, proporciona uma qualidade de sono superior. No entanto, a falta de luz solar pode afetar o humor de muitos, levando a casos de transtorno afetivo sazonal (SAD), que afeta de 2% a 8% da população europeia.
As variações sazonais na luz influenciam o ritmo circadiano, essencial para regular funções corporais, incluindo o sono. Em locais como Tromsø, na Noruega, a noite polar dura cerca de seis semanas, e estudos mostram que os moradores locais se adaptam melhor a essas condições do que visitantes. Kari Leibowitz, psicóloga, destaca que uma mentalidade positiva em relação ao inverno pode melhorar o bem-estar, enquanto a resistência à escuridão pode intensificar a sensação de depressão.
A produção de melatonina, hormônio que regula o sono, é afetada pela escuridão prolongada. Pesquisas indicam que a melatonina atinge picos durante a noite polar, mas a exposição a luzes artificiais não consegue replicar a luz solar necessária para um sono estável. Estratégias como o uso de iluminação suave e a prática de exercícios físicos podem ajudar a regular o sono. Håkan Långstedt, especialista em iluminação, recomenda uma redução gradual da luz antes de dormir para facilitar a produção de melatonina.
Por fim, a noite polar é vista como uma oportunidade de desacelerar e se conectar socialmente. Berelowitsch e outros moradores relatam que as interações sociais e atividades criativas durante esse período escuro podem melhorar a saúde mental. Michèle Noach, artista que vive na Noruega, observa que a escuridão estimula sua criatividade, ressaltando que, apesar dos desafios, muitos encontram alegria e inspiração na noite polar.
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