24 de jan 2025
Brasil se destaca como epicentro da epidemia global de ansiedade em 2024
A ansiedade é considerada uma epidemia global, afetando 56 milhões no Brasil. Em 2024, a palavra "ansiedade" definiu o ano para os brasileiros, com aumento de 14,3% nos atendimentos. A instabilidade política e econômica prevista para 2025 pode agravar a saúde mental. O uso excessivo de redes sociais e smartphones intensifica a crise de ansiedade. O tratamento da ansiedade movimenta R$ 2,6 bilhões em 2025, refletindo sua gravidade.
(Montagem com imagens de Adobe Firefly) (Foto: Reprodução)
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A ansiedade se tornou um tema central na vida dos brasileiros, sendo eleita a palavra que define 2024, segundo pesquisa com 1.538 pessoas. Essa emoção, caracterizada pelo temor em relação ao futuro e a sensação de impotência, afeta 56 milhões de brasileiros, ou 26,8% da população, conforme dados da pesquisa Covitel. O aumento dos atendimentos ambulatoriais relacionados à ansiedade pelo SUS, que registrou 671.305 atendimentos entre janeiro e outubro de 2024, reflete a gravidade da situação.
O cenário econômico tenso e a polarização política contribuem para a crescente ansiedade. Com 73 milhões de brasileiros endividados e a expectativa de que a situação financeira piore, a instabilidade econômica pode intensificar crises políticas. A possível denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por conspiração para um golpe de Estado pode acirrar ainda mais a polarização, afetando as relações interpessoais e aumentando o isolamento social.
A pandemia e a hiperconexão proporcionada pelos smartphones e redes sociais são fatores que amplificam a ansiedade, especialmente entre os jovens. Dados indicam que os brasileiros passam, em média, cinco horas por dia em frente ao smartphone, e 45% acreditam que as redes sociais impactam negativamente sua saúde mental. A ansiedade, embora tenha raízes evolutivas, se torna patológica quando ultrapassa limites normais, afetando 328 milhões de pessoas globalmente.
O tratamento da ansiedade envolve apoio psicológico e, muitas vezes, medicamentos. O mercado global de tratamento movimenta 11,5 bilhões de dólares, e o Brasil deve gastar 2,6 bilhões de reais em 2025. Novas abordagens, como o uso de canabidiol e medicamentos à base de LSD, estão sendo exploradas. Especialistas alertam que o excesso de informações negativas nas redes sociais contribui para a crise de saúde mental, um fenômeno que, segundo o filósofo Leandro Karnal, se intensificou com o acesso constante à internet.
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