29 de jan 2025
Padre Fábio de Melo reflete sobre a depressão e a saúde mental no Brasil
O Padre Fábio de Melo compartilhou suas lutas emocionais com 26 milhões de seguidores. Ele destacou que a depressão não reflete falta de fé, desmistificando preconceitos. O Brasil lidera a América Latina em casos de depressão, com 11,7 milhões afetados. Especialistas apontam que pobreza e desigualdade aumentam a vulnerabilidade à doença. O acesso a tratamento é limitado, com apenas 19 psicólogos para cada 100 mil habitantes no SUS.
Padre Fábio de Melo usou suas redes sociais para dizer que está 'à beira do abismo' (Foto: Divulgação)
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O Padre Fábio de Melo compartilhou um desabafo em suas redes sociais no último domingo, 26 de janeiro, para seus 26 milhões de seguidores no Instagram. Ele revelou que sempre viveu à beira do abismo, lidando com emoções intensas, e destacou que a depressão não é sinônimo de falta de fé. Em um vídeo publicado na quarta-feira, 29 de janeiro, ele afirmou que a fé pode ajudar na superação, mas não impede que se passe por dificuldades emocionais. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, 300 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão, com o Brasil liderando a América Latina em prevalência da doença.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 5,8% da população brasileira, cerca de 11,7 milhões de pessoas, sofre de depressão. O Brasil é superado apenas pelos Estados Unidos, onde 5,9% da população enfrenta transtornos depressivos. Um estudo do Ministério da Saúde prevê que até 15,5% dos brasileiros poderão sofrer de depressão ao longo da vida. Especialistas apontam que fatores como pobreza, desemprego e eventos traumáticos contribuem para a alta incidência da doença no país, que enfrenta desigualdade no acesso a tratamentos adequados.
Mulheres são mais afetadas, apresentando duas vezes mais chances de serem diagnosticadas com depressão em comparação aos homens. A vulnerabilidade social e as obrigações excessivas são citadas como fatores que aumentam essa incidência. Além disso, a percepção estigmatizada sobre transtornos mentais ainda impede que muitos busquem ajuda. A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) tem promovido campanhas para combater a psicofobia, visando aumentar a conscientização sobre saúde mental e a importância de buscar tratamento.
O acesso a atendimento especializado é uma barreira significativa, com apenas 19 psicólogos para cada 100 mil habitantes no Sistema Único de Saúde (SUS). A falta de profissionais e protocolos de atendimento adequados agrava a situação, dificultando diagnósticos e tratamentos eficazes. O Ministério da Saúde anunciou investimentos de R$ 414 milhões para a Rede de Atenção Psicossocial, com a expectativa de crescimento anual na oferta de serviços. A saúde mental, frequentemente vista como um luxo, precisa ser priorizada para garantir o bem-estar da população.
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