Saúde

Psilocybin revela mecanismos de ação em neurônios e potencial terapêutico duradouro

Estudo revela que neurônios piramidais e receptor de serotonina 2A são essenciais para os efeitos duradouros do psilocybin em tratamentos de depressão.

A imagem mostra a necessidade dos receptores de serotonina 2A em neurônios PT para a plasticidade neural estrutural induzida por psilocibina. A imagem ilustra uma dendrite de um neurônio PT antes e depois do tratamento com psilocibina, evidenciando a remodelação das espinhas dendríticas. Também são apresentados dados sobre a densidade das espinhas em camundongos do tipo selvagem e em camundongos com receptores 5-HT2AR deletados. (Foto: Reprodução)

A imagem mostra a necessidade dos receptores de serotonina 2A em neurônios PT para a plasticidade neural estrutural induzida por psilocibina. A imagem ilustra uma dendrite de um neurônio PT antes e depois do tratamento com psilocibina, evidenciando a remodelação das espinhas dendríticas. Também são apresentados dados sobre a densidade das espinhas em camundongos do tipo selvagem e em camundongos com receptores 5-HT2AR deletados. (Foto: Reprodução)

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Pesquisas recentes revelaram que o psilocibina, o composto ativo dos "cogumelos mágicos", tem efeitos duradouros no tratamento da depressão, mas os mecanismos por trás desses benefícios ainda eram desconhecidos. Um estudo conduzido por Ling-Xiao Shao e Alex C. Kwan, publicado na revista Nature, identificou que neurônios piramidais no córtex frontal e o receptor de serotonina 2A são essenciais para esses efeitos. A pesquisa destaca a importância desses componentes na plasticidade neural e no comportamento relacionado à depressão.

Os cientistas descobriram que a psilocibina ativa predominantemente os neurônios piramidais, que são um tipo de neurônio excitatório, no córtex frontal de camundongos. Quando esses neurônios foram inativados, a psilocibina ainda causou efeitos imediatos, mas não conseguiu reverter os impactos negativos do estresse a longo prazo. Isso indica que os neurônios piramidais são fundamentais para os efeitos duradouros do psilocibina.

Além disso, a pesquisa investigou o papel do receptor de serotonina 2A, conhecido por induzir os efeitos alucinatórios dos psicodélicos. Ao eliminar esse receptor em áreas específicas do cérebro, os pesquisadores observaram que a psilocibina não conseguiu melhorar os efeitos prejudiciais do estresse. Os resultados mostram que o receptor de serotonina 2A é crucial para as adaptações estruturais dos neurônios piramidais induzidas pela psilocibina.

Essas descobertas podem abrir novas possibilidades para tratamentos de saúde mental, sugerindo que a administração direcionada de psilocibina a regiões específicas do cérebro poderia maximizar os benefícios terapêuticos sem provocar experiências alucinatórias. Os autores do estudo enfatizam a necessidade de mais pesquisas para entender como a psilocibina modifica as conexões neurais e como isso pode ser aplicado em tratamentos clínicos para a depressão.

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