Exocube revoluciona tratamentos de beleza com exossomos extraídos do sangue do paciente

A medicina regenerativa avança com o uso de exossomos, pequenas vesículas extracelulares, em tratamentos de beleza. Até recentemente, sua eficácia era restrita a exossomos de origem vegetal. Agora, o Exocube, um novo dispositivo disponível no Brasil, permite a extração de exossomos do sangue do próprio paciente, aumentando a eficácia e segurança dos tratamentos.

O Exocube transforma o sangue coletado em um material rico em exossomos, que são essenciais na comunicação celular. Esses componentes contêm proteínas sinalizadoras, enzimas antioxidantes, lipídios bioativos e microRNAs, oferecendo propriedades regenerativas e anti-inflamatórias. O dermatologista Renato Soriani, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), destaca que os exossomos podem ser utilizados em microagulhamento, mesoterapia e infusão tópica, especialmente para rejuvenescimento facial.

Esses exossomos estimulam a regeneração celular e a produção de colágeno, melhorando a textura e firmeza da pele, além de suavizar rugas. Também são eficazes em terapias capilares, combatendo a alopecia androgenética e promovendo o crescimento de novos fios. A dermatologista Lilian Brasileiro, também da SBD, ressalta que o material gerado pelo Exocube melhora a saúde do couro cabeludo e a hidratação dos fios.

Aplicações e Segurança

Os exossomos demonstram eficácia na recuperação pós-procedimentos estéticos, como peelings e microagulhamento. Eles aceleram a cicatrização e melhoram a aparência de cicatrizes e marcas de acne. O Exocube exige apenas uma coleta de sangue, que é centrifugada para separar o plasma rico em plaquetas (PRP). Após passar pelo dispositivo, obtém-se um material concentrado com cerca de 108 bilhões de vesículas por mililitro, resultando em uma eficácia até dez vezes maior que o PRP isolado.

A segurança do método é um dos seus principais atrativos. Por utilizar o sangue do próprio paciente, o risco de reações adversas é mínimo. Os exossomos autólogos, derivados das células do paciente, eliminam praticamente os riscos de rejeição e infecções. Além disso, permitem aplicações mais profundas, aumentando a eficácia em comparação aos exossomos de origem vegetal ou animal.