09 de mai 2025
Redes sociais promovem "trucos tóxicos" que ameaçam a privacidade e a saúde emocional
Cuidado: "trucos" para espionar parceiros nas redes sociais podem resultar em violência psicológica e penas de prisão.
Uma casal se disputa o controle de um telefone móvel. (Foto: DjelicS / Getty Images)
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Recentemente, especialistas alertaram sobre os riscos legais e psicológicos associados ao uso de "trucos" para espionar parceiros nas redes sociais, como TikTok, Instagram e Facebook. Esses comportamentos podem ser considerados violência psicológica e resultar em penas de prisão.
Usuárias de TikTok compartilham dicas para rastrear a localização de parceiros e monitorar suas atividades online. Esses vídeos ensinam a receber notificações sobre conexões em redes sociais e a acessar mensagens sem consentimento. A psicóloga Laura Olmedilla Marcos destaca que essas práticas são perigosas e podem prejudicar relacionamentos. Organizações como a ONU Mulheres reconhecem a vigilância digital como uma forma de controle abusivo.
A popularidade desses conteúdos reflete inseguranças nas relações. A psicóloga Elena Daprá aponta que o algoritmo das redes sociais favorece o conteúdo polêmico, o que pode normalizar comportamentos tóxicos. A falta de educação emocional entre os jovens também contribui para essa situação.
Riscos Legais e Consequências
O advogado Samuel Parra alerta que espiar a intimidade de um parceiro pode resultar em delitos contra a privacidade, com penas de até cinco anos de prisão. Além disso, a pessoa que espiona pode ser responsabilizada civilmente por danos à intimidade do outro. O consentimento em tais situações é complexo e pode ser influenciado por dinâmicas de poder.
O Instituto Nacional de Cibersegurança (INCIBE) recomenda que os usuários protejam suas informações pessoais, utilizando senhas seguras e evitando compartilhar acessos desnecessários. Em casos extremos, é aconselhável restaurar dispositivos às configurações de fábrica.
As redes sociais, embora não sejam diretamente responsáveis pelos conteúdos, devem considerar a moralidade de permitir a disseminação de tais práticas. A legislação atual protege as plataformas, mas especialistas argumentam que elas deveriam agir para prevenir a normalização de comportamentos prejudiciais, especialmente entre os jovens.
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