Mounjaro chega ao Brasil com promessas de controle glicêmico e perda de peso

O Mounjaro, novo medicamento da Eli Lilly, chegou ao Brasil com preços que variam entre R$ 1,7 mil e R$ 2,4 mil por mês. A substância, aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2023, é indicada para o tratamento do diabetes tipo 2, mas seu uso para obesidade é considerado "off-label".

O Mounjaro, que contém tirzepatida, atua como um agonista duplo, estimulando a liberação de insulina e ajudando no controle da glicemia. Além disso, aumenta a sensação de saciedade e reduz o esvaziamento gástrico, o que pode auxiliar na perda de peso. A Anvisa exige retenção da receita para a compra do medicamento, visando evitar o uso não supervisionado.

A bula do Mounjaro alerta sobre possíveis efeitos colaterais, incluindo queda na pressão arterial e aumento da frequência cardíaca. Também foram observadas reações raras, como aumento das enzimas pancreáticas e risco de hipoglicemia quando combinado com outros medicamentos que liberam insulina. A bula menciona ainda que o uso do Mounjaro pode causar hipersensibilidade na pele e efeitos gastrointestinais, como náusea e diarreia.

Para gestantes e lactantes, o uso do medicamento deve ser cuidadosamente avaliado, considerando os riscos potenciais ao bebê. A bula recomenda que o Mounjaro não seja utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Além disso, o documento destaca a necessidade de cautela ao dirigir ou operar máquinas pesadas, devido ao possível impacto na capacidade de concentração.