02 de jan 2025
Brasil registra recorde de casos de dengue e enfrenta desafios para 2025
Em 2024, o Brasil registrou 6.649.338 casos de dengue e 6.016 mortes. O sorotipo 2 do vírus e a crise climática elevaram os índices de infecção. A vacinação avança com 9,5 milhões de doses adquiridas para adolescentes. Novas tecnologias, como a bactéria Wolbachia, serão implementadas em 40 cidades. A população deve intensificar cuidados para evitar focos do mosquito Aedes aegypti.
'Aedes aegypti', mosquito transmissor da dengue (Foto: //Getty Images)
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O Brasil enfrenta uma grave crise de dengue, com 6.649.338 casos e 6.016 mortes registradas até 28 de dezembro de 2024, segundo o Ministério da Saúde. O aumento significativo de infecções é atribuído à troca do sorotipo do vírus para o tipo 2 e às mudanças climáticas que favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Apesar da queda nos casos no segundo semestre, a combinação de calor e chuvas do verão representa um desafio contínuo para as autoridades de saúde.
A pandemia de covid-19 também impactou o controle da dengue, com a suspensão das visitas dos agentes de saúde entre 2020 e 2022. Essa interrupção afetou as ações de eliminação de criadouros, já que 75% dos focos estão em residências. Em resposta, o Ministério da Saúde lançou campanhas de combate à dengue, incluindo visitas domiciliares e o uso de tecnologias como mosquitos estéreis e a bactéria Wolbachia, que impede a transmissão do vírus.
Estudos indicam que 72% da população de São Paulo não possui imunidade contra os sorotipos da dengue, e em Curitiba, esse índice chega a 87,5%. Para enfrentar a situação, o ministério adquiriu 9,5 milhões de doses da vacina para a faixa etária mais afetada, de 10 a 14 anos. Além disso, aguarda a aprovação de uma nova vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, que pode oferecer 100 milhões de doses em 2026 e 2027.
A prevenção continua sendo crucial, com recomendações para que os cidadãos dediquem dez minutos por semana para cuidar de seus quintais e evitar água parada. O secretário-adjunto da SVSA, Rivaldo Cunha, enfatiza que a colaboração entre poder público e população é essencial para controlar a dengue, uma doença que pode ser grave e até fatal.
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