Saúde

Rio de Janeiro planeja distribuir 3.000 doses mensais de Ozempic para combate à obesidade

O prefeito Eduardo Paes anunciou um programa para combater a obesidade no Rio. A aplicação do medicamento genérico Ozempic começará em janeiro de 2026. Serão distribuídas 3.000 doses mensais para tratar diabetes e obesidade. O uso do medicamento será controlado, focando na saúde e não na estética. A produção do genérico depende da quebra da patente da Novo Nordisk em 2026.

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O prefeito reeleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), anunciou na cerimônia de posse, realizada na quarta-feira (1º), a criação de um programa municipal para combater a obesidade, que incluirá a distribuição de uma versão genérica do medicamento Ozempic. A aplicação do tratamento está prevista para começar em janeiro de 2026, após a formação de um grupo de trabalho que avaliará a viabilidade da medida. A prefeitura pretende adquirir a semaglutida, princípio ativo do Ozempic, com a quebra da patente do medicamento, que se tornou popular em 2023 como uma "solução milagrosa" para emagrecimento.

O grupo de trabalho, que envolverá as Secretarias de Fazenda e Saúde, além da Procuradoria Geral do Município, terá a responsabilidade de elaborar uma proposta detalhada para a implementação do tratamento nas Clínicas da Família. O médico Neuton Dornelas, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, destacou que a semaglutida é indicada principalmente para o tratamento de diabetes tipo 2, mas novos estudos sugerem que seu uso pode ser ampliado para pacientes com obesidade e dislipidemia, desde que sob rigoroso controle médico.

O secretário de Saúde do Rio, Daniel Soranz, informou que a prefeitura planeja distribuir 3.000 doses de Ozempic por mês para pacientes com diabetes e obesidade a partir do próximo ano. Ele ressaltou que a cidade possui uma das maiores coberturas de atenção primária do Brasil, com 91% da população carioca cadastrada nesse sistema, o que indica uma demanda significativa pelo tratamento. A produção do medicamento genérico por laboratórios brasileiros deve iniciar em 2026, após a quebra da patente da Novo Nordisk.

A Secretaria de Saúde enfatizou que o uso do Ozempic não será voltado para fins estéticos, mas sim para o tratamento da obesidade, que afeta um em cada quatro adultos no Brasil. O uso indiscriminado do medicamento sem supervisão médica pode levar a efeitos colaterais e reganho de peso, o que preocupa especialistas. Dornelas reforçou a importância de que medicamentos sejam utilizados apenas por aqueles que realmente necessitam, destacando a necessidade de critérios rigorosos nas políticas públicas de saúde.

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