Saúde

Vacina da USP contra Covid-19 se mostra eficaz e segura em testes com camundongos

Pesquisadores da FMUSP desenvolvem vacina contra Covid 19 com VLPs. Estudos mostram segurança e eficácia em camundongos, publicados na Scientific Reports. Tecnologia VLP permite flexibilidade para vacinas contra variantes e outros vírus. Vacina não necessita de adjuvantes, reduzindo custos e dependência de fornecedores. Plataforma VLP pode ser adaptada para vacinas como a da zika, ampliando possibilidades.

Sars-CoV-2: proteína do vírus varre moléculas que ajudam a dedurá-lo para o sistema imune (Foto: Fusion Medical/ Unsplash/Reprodução)

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Pesquisadores do Laboratório de Imunologia do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) desenvolveram uma vacina contra a Covid-19 que demonstrou ser segura e eficaz em estudos com camundongos. Os resultados foram publicados na revista Scientific Reports. O projeto, apoiado pela FAPESP, utiliza uma abordagem moderna que prioriza a eficiência, segurança e plasticidade da formulação, facilitando atualizações contra novas variantes do vírus.

A vacina é baseada em partículas semelhantes a vírus (VLPs), que imitam a estrutura viral, mas não contêm material genético, eliminando o risco de replicação e infecção. Gustavo Cabral de Miranda, responsável pelo projeto, explica que as VLPs podem atuar como vacina ou se ligar a um antígeno, como a proteína spike do SARS-CoV-2, estimulando a produção de anticorpos. Essa tecnologia permite uma produção mais flexível e econômica do imunizante.

Uma das principais vantagens da nova vacina é a dispensa de adjuvantes, substâncias que potencializam a resposta imune. Cabral destaca que a formulação foi otimizada para utilizar o mínimo de produtos externos, o que reduz custos e a dependência de empresas que fabricam adjuvantes. Essa abordagem inovadora pode tornar o desenvolvimento de vacinas mais acessível e eficiente.

Além disso, a tecnologia VLP oferece a possibilidade de criar uma plataforma para o desenvolvimento de diversas vacinas. Cabral menciona que é viável substituir o antígeno da Covid-19 por proteínas de outros vírus, como o da zika, ampliando as aplicações da pesquisa. Essa flexibilidade pode revolucionar a forma como vacinas são desenvolvidas no futuro.

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