Saúde

Paes defende democratização do acesso ao Ozempic após críticas a laboratório

O prefeito Eduardo Paes criou um grupo de trabalho para implementar a semaglutida. A quebra de patente do Ozempic em 2026 permitirá produção local e redução de custos. Paes criticou propostas do laboratório Novo Nordisk para ajustes de prazo na patente. O município negocia com quatro laboratórios para distribuir três mil doses mensais. O medicamento será usado no SUS para tratar obesidade, com prescrição médica necessária.

Ozempic: laboratório é criticado por Paes, após nota sobre quebra de patente (Foto: FreePik)

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Como parte de seu quarto mandato, iniciado em 1º de janeiro, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, instituiu um grupo de trabalho para planejar a implementação do uso da semaglutida — o princípio ativo do Ozempic, medicamento utilizado no tratamento do diabetes e também para emagrecimento — nas clínicas da família. Em declarações recentes, Paes destacou que "chegou a hora de democratizar o acesso a esse medicamento", especialmente com a quebra de patente prevista para o próximo ano.

Os planos para o uso da semaglutida foram incorporados ao programa de governo de Paes após ele revelar, em entrevista à colunista Ema Jurema, que perdeu 30 quilos com o medicamento. O município considera a quebra da patente do Ozempic, que ocorrerá em 2026, como uma oportunidade para disponibilizar o medicamento no Sistema Único de Saúde (SUS). Essa mudança permitirá que diferentes fabricantes produzam o remédio sem pagar royalties, o que deve reduzir significativamente seu custo, conforme explicou Daniel Soranz, secretário municipal de Saúde.

Entretanto, a implementação do programa enfrenta desafios, conforme reportado pela CNN Brasil. O laboratório Novo Nordisk manifestou-se favorável a ajustes na vigência das patentes, o que foi criticado por Paes. Ele afirmou que "mecanismos de ajuste de prazo" não são aceitáveis, ressaltando que a empresa já foi amplamente recompensada por seus investimentos. O prefeito reiterou a importância de democratizar o acesso à semaglutida, que pode ter um impacto significativo na saúde da população.

Soranz também mencionou que já existem fábricas no Brasil se preparando para a produção do medicamento. O município está em negociações com quatro laboratórios, incluindo o Novo Nordisk, e a expectativa é que, uma vez implementado o programa, três mil doses sejam distribuídas mensalmente na rede pública municipal, com a semaglutida sendo destinada ao tratamento da obesidade, mediante prescrição médica e acompanhamento nas clínicas da família.

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