22 de jan 2025
Vacina contra chikungunya mantém imunidade em 98,3% dos adolescentes após um ano
A vacina contra chikungunya da Valneva e Instituto Butantan mostrou 98,3% de resposta imune em adolescentes após um ano. A aprovação da vacina para adultos já ocorreu nos EUA e está em análise pela Anvisa. Estudos anteriores indicaram alta eficácia em adultos, com 98,9% produzindo anticorpos em 28 dias. Um estudo pediátrico com crianças de 1 a 11 anos foi iniciado, visando grupos vulneráveis. A vacinação priorizará idosos e recém nascidos, que enfrentam maiores riscos de complicações.
Vacina contra a chikungunya mantém proteção em adolescentes (Foto: FreePik)
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A vacina contra a chikungunya, desenvolvida pela farmacêutica Valneva em parceria com o Instituto Butantan, demonstrou uma manutenção de 98,3% na produção de anticorpos entre adolescentes um ano após a aplicação. Os dados foram divulgados na revista The Lancet Infectious Diseases e são resultado de um ensaio clínico com 750 jovens de 12 a 17 anos em diversas cidades brasileiras. A vacina, que é aplicada em dose única, já está em análise na Anvisa para uso em adultos desde dezembro de 2023.
Os resultados iniciais, publicados em setembro do ano passado, mostraram que 100% dos adolescentes com infecção prévia e 98,8% dos sem contato anterior produziram anticorpos após 28 dias da vacinação. Após seis meses, a proteção se manteve em 99,1% dos participantes. Esses dados são consistentes com um ensaio clínico realizado nos Estados Unidos, onde 98,9% dos adultos vacinados também apresentaram resposta imune.
A aprovação da vacina nos Estados Unidos pela FDA e na Europa pela EMA marca um avanço significativo, sendo a primeira do mundo para a prevenção da chikungunya. O Butantan e a Valneva solicitaram à Anvisa a autorização de uso definitivo, e os dados dos adolescentes devem apoiar a ampliação da faixa etária para a vacinação.
O gestor médico do Butantan, Eolo Morandi Junior, destacou que, caso a vacina seja aprovada, a prioridade para a vacinação será dada a grupos de risco, como idosos e recém-nascidos, devido à alta taxa de hospitalização associada à doença. A vacina também está sendo testada em crianças a partir de um ano, com estudos em andamento na República Dominicana e Honduras.
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