27 de jan 2025
Técnica de congelamento do câncer de mama na Unifesp alcança 100% de eficácia em testes iniciais
A crioablação, técnica de congelamento do câncer de mama, teve 100% de eficácia na Unifesp. O tratamento é minimamente invasivo e utiliza nitrogênio líquido a 140ºC. A pesquisa atual envolve mais de 700 pacientes em comparação com cirurgia convencional. A técnica pode reduzir a fila do SUS em até 30% para pacientes com câncer de mama. A crioablação ainda não é coberta por planos de saúde, limitando seu acesso no Brasil.
Unifesp testa crioablação para tratar câncer de mama (Foto: Divulgação / HSP/HU Unifesp)
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Uma nova técnica de congelamento do câncer de mama, chamada crioablação, demonstrou 100% de eficácia em testes iniciais realizados na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Originada em Israel e já utilizada em países como Estados Unidos e Japão, a técnica recebeu a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil. Contudo, ainda não é coberta por planos de saúde nem oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o que limita sua aplicação.
O estudo da Unifesp é pioneiro na América Latina, com o objetivo de comprovar a eficácia do tratamento e ampliar seu acesso. O professor Afonso Nazário, responsável pelos testes, destacou que as agulhas utilizadas são caras, mas expressou otimismo quanto à possibilidade de inclusão do procedimento no SUS no futuro. Ele afirmou: “Nosso objetivo é tirar da fila do SUS de 20 a 30% das pacientes”.
A crioablação, realizada em 13 de janeiro na Unidade Diagnóstica do Hospital São Paulo, utiliza nitrogênio líquido para congelar e destruir células cancerígenas. O procedimento é minimamente invasivo, indolor e pode ser feito em ambulatório com anestesia local. Nos testes, foram aplicados três ciclos de 10 minutos de congelamento e descongelamento, resultando em uma incisão menor ou igual à de uma biópsia.
Atualmente, a pesquisa está na fase de comparação entre a crioablação e a cirurgia convencional, envolvendo mais de 700 pacientes em 15 centros de saúde em São Paulo. A professora Vanessa Sanvido, que coordena a pesquisa, explicou que a primeira fase, que combinou crioablação e cirurgia, teve uma taxa de sucesso de 100% para tumores menores que 2 cm. O próximo passo é avaliar se a crioablação pode substituir a cirurgia tradicional.
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