11 de fev 2025
Criança de 11 anos morre de dengue em São Paulo sem ter recebido vacina
A primeira morte por dengue em São Paulo em 2025 foi de uma menina de 11 anos. Apenas 37% do público alvo nacional recebeu a vacina contra dengue. A vacina Qdenga apresenta eficácia de 80,2% após duas doses, segundo estudos. O Brasil registrou 257,3 mil casos de dengue e 72 mortes até o momento. O estado de São Paulo enfrenta aumento de casos, com 150,5 mil infecções confirmadas.
Vacina Qdenga, que será usada na campanha de vacinação contra a dengue no Brasil. (Foto: DOUGLAS MAGNO / AFP)
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Uma menina de 11 anos, moradora de Ermelino Matarazzo, em São Paulo, faleceu em decorrência de dengue, marcando o primeiro óbito pela doença na capital paulista em 2025. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou que a criança não havia sido vacinada, apesar de estar na faixa etária elegível para a imunização no Sistema Único de Saúde (SUS). A morte ocorreu no dia 30 de janeiro e a SMS lamentou a perda, ressaltando que não havia registro de vacinação no sistema municipal.
A vacina Qdenga, oferecida a jovens de 10 a 14 anos em 1.932 municípios, incluindo São Paulo, apresenta baixa adesão. Apenas 37% do público-alvo nacional foi vacinado, enquanto na capital, 38% das 600 mil pessoas estimadas receberam a primeira dose e apenas 20% completaram o esquema vacinal. Dados da revista científica The Lancet indicam que a vacina é eficaz em 80,2% para evitar casos de dengue e 90,4% para prevenir hospitalizações após as duas doses.
Até o dia 8 de janeiro, o Brasil registrou 257,3 mil casos de dengue e 72 mortes, números inferiores aos recordes de 2024, mas ainda acima da média histórica. Em São Paulo, foram contabilizados 4,5 mil casos e a morte da menina, além de outros 12 óbitos em investigação. O estado apresenta uma tendência de aumento, com 150,5 mil infecções e 56 mortes até agora, superando os 102,7 mil casos do ano passado.
A vacinação é restrita a adolescentes devido à limitação na produção de doses pela farmacêutica Takeda. Em 2023, o Brasil recebeu 6,6 milhões de doses, suficientes para vacinar 3,3 milhões de pessoas. Para 2024, são esperadas mais 9 milhões de doses, que poderão imunizar 4,5 milhões de brasileiros. A escolha da faixa etária se baseia na alta taxa de hospitalização por dengue entre jovens, após os idosos, que não podem ser vacinados com a Qdenga.
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