12 de fev 2025
Febre amarela: Campinas registra primeiro caso fatal desde 2017 e vacina é intensificada
Campinas registra primeiro óbito por febre amarela desde 2017; total de seis mortes. Estado de São Paulo confirma dez casos, com quatro infecções em Socorro. Vacinação intensificada: 384 pessoas imunizadas em Campinas entre 5 e 8 de fevereiro. Pesquisadores da USP desenvolvem tratamento que reduz mortalidade em até 84%. Febre amarela é transmitida por mosquitos; prevenção é feita por vacinação.
Haemagogus: mosquito responsável pela transmissão da febre amarela (Foto: Reprodução)
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A febre amarela voltou a ser um problema em Campinas, com a confirmação da morte de um homem, o primeiro caso na cidade desde 2017. O estado de São Paulo registra dez casos da doença, sendo que seis resultaram em óbito. O Instituto Adolfo Lutz confirmou o caso na semana passada, e o homem residia na zona rural do distrito de Sousas. A cidade de Socorro é a que apresenta o maior número de infecções, com quatro casos, enquanto Joanópolis e Tuiuti têm dois e um, respectivamente. Além disso, um caso importado foi registrado, proveniente de Itapeva (MG).
Em resposta ao surto, a prefeitura de Campinas implementou uma campanha de vacinação "de casa em casa", onde 384 pessoas foram vacinadas entre 5 e 8 de fevereiro, após visitas a 586 imóveis. O governo do estado também intensificou a vacinação, recebendo 600 mil doses para a rotina e 1,3 milhão para intensificação, além de ter solicitado seis milhões de doses ao Ministério da Saúde. A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) emitiu um alerta sobre o avanço da febre amarela nas Américas, destacando a concentração de casos na região amazônica e o deslocamento da doença para São Paulo.
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um novo tratamento que pode reduzir a mortalidade pela febre amarela em até 84%. A técnica, chamada troca plasmática terapêutica (TPE), foi testada em 66 pacientes com insuficiência hepática aguda. Os resultados mostraram que o grupo que recebeu TPE intensivo teve uma mortalidade de 14%, em comparação a 85% e 82% nos grupos que receberam tratamento padrão. Apesar dos resultados promissores, o estudo apresenta limitações, como o pequeno número de pacientes e a falta de um ensaio clínico randomizado.
A febre amarela é uma doença infecciosa transmitida por mosquitos, com dois ciclos de transmissão: urbano e silvestre. O ciclo urbano é mediado pelo Aedes aegypti, enquanto o silvestre envolve mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Os sintomas incluem febre alta, calafrios, dor de cabeça intensa e, em casos graves, hemorragia e icterícia. A vacinação é a principal forma de prevenção, sendo recomendada para crianças de nove meses a cinco anos, com reforço até os 59 anos, e avaliação médica a partir dos 60 anos.
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