09 de mar 2025
Projeto de Lei busca melhorar diagnóstico e tratamento da endometriose pelo SUS
A endometriose afeta de 5% a 10% das mulheres em idade reprodutiva no Brasil, com diagnóstico demorado. A Anvisa reverteu a proibição dos implantes hormonais, essenciais no tratamento da doença. Um Projeto de Lei em tramitação visa melhorar o atendimento pelo SUS, garantindo tratamentos específicos. O diagnóstico tardio pode resultar em dor intensa e infertilidade, dificultando a qualidade de vida. O Instituto Reviva Mulher já beneficiou mais de mil mulheres com implantes hormonais gratuitos.
Foto: Reprodução
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A endometriose afeta entre 5% e 10% das mulheres em idade reprodutiva no Brasil, conforme a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. A doença é frequentemente subdiagnosticada, levando de sete a dez anos para ser identificada, o que dificulta o tratamento e pode resultar em complicações sérias. Globalmente, a Organização Mundial da Saúde estima que cerca de 190 milhões de mulheres tenham a condição, sendo sete milhões no Brasil. O diagnóstico e tratamento adequados são cruciais para a qualidade de vida das pacientes, pois a falta de cuidados pode causar dor intensa e infertilidade.
Recentemente, a discussão sobre a endometriose ganhou destaque devido à decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de proibir temporariamente os implantes hormonais, um tratamento comum para a doença. Após a polêmica, um projeto de lei foi proposto para ampliar o atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), visando facilitar o diagnóstico e o tratamento. O ginecologista Jorge Valente ressalta que o atraso no diagnóstico pode comprometer a saúde e a fertilidade das mulheres, e que muitos sintomas são confundidos com cólicas menstruais normais.
A proibição dos implantes hormonais, motivada por denúncias infundadas, foi revertida após mobilização da comunidade médica. Os implantes, que liberam substâncias como Gestrinona e Nestorone, são eficazes na redução dos processos inflamatórios da endometriose. Manuela Coutinho, fundadora do MC Legacy Lab, destaca que a proibição causou grande impacto, deixando muitas mulheres sem acesso ao tratamento necessário. A regulamentação deve focar no uso do hormônio, e não no método de aplicação.
O tratamento da endometriose está evoluindo para uma abordagem mais holística, que considera a saúde integral da mulher. Valente menciona que o tratamento deve incluir regulação intestinal e suplementação para reduzir a inflamação. O Instituto Reviva Mulher já beneficiou mais de mil mulheres com implantes gratuitos, e o Projeto de Lei 85/25, em tramitação na Câmara, busca garantir tratamentos mais específicos pelo SUS. A conscientização sobre a endometriose é essencial para que mais mulheres tenham acesso ao diagnóstico e tratamento adequados.
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