Measles avança nos EUA e mortes de crianças não vacinadas alarmam autoridades de saúde

Um surto de sarampo nos Estados Unidos tem gerado preocupações crescentes, especialmente após a morte de duas crianças não vacinadas no Texas. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) está enfrentando desafios significativos devido a cortes de financiamento, o que dificulta a resposta a essa epidemia. Historicamente, vacinas como a do sarampo eliminaram doenças graves, mas a hesitação vacinal tem aumentado, resultando em uma taxa de vacinação de apenas 93% entre crianças que iniciam a escola.

O CDC está mobilizado no Texas, onde a situação se agrava, com mais de 500 casos de sarampo registrados e dezenas de hospitalizações. A queda na confiança em autoridades de saúde pública, exacerbada pela pandemia de Covid-19, tem dificultado os esforços de vacinação. Um estudo recente revelou que apenas 54% dos adultos confiam nas recomendações de saúde pública, uma queda em relação a meses anteriores. Essa desconfiança se reflete na resistência de algumas comunidades em buscar testes e vacinas.

Além disso, a falta de recursos financeiros levou a cortes em programas de vacinação e pesquisa, impactando diretamente a capacidade de resposta ao surto. O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, liderado por Robert F. Kennedy Jr., enfrenta críticas por sua abordagem mista em relação às vacinas, o que pode confundir os pais sobre a importância da imunização. Especialistas alertam que a comunicação clara e consistente sobre a vacinação é crucial para conter a propagação do sarampo.

Com a possibilidade de o vírus do sarampo não ser mais considerado eliminado se a circulação continuar, a urgência em aumentar as taxas de vacinação é evidente. O CDC e autoridades locais estão intensificando os esforços para vacinar a população, especialmente em áreas com baixas taxas de imunização. A situação atual destaca a necessidade de um compromisso renovado com a saúde pública e a vacinação para evitar que doenças evitáveis voltem a ser uma ameaça.