Saúde

Estados Unidos retiram vacina contra Covid-19 do calendário de imunização infantil

Decisão do secretário de Saúde dos EUA exclui vacina contra Covid 19 para crianças e gestantes, gerando controvérsia na comunidade médica.

Crianças pequenas e gestantes correm maior risco de complicações pela Covid-19. (Foto: Freepik)

Crianças pequenas e gestantes correm maior risco de complicações pela Covid-19. (Foto: Freepik)

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O secretário de Saúde dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy, anunciou na terça-feira (17) a remoção da recomendação da vacina contra a Covid-19 para crianças saudáveis e gestantes do calendário de imunização dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Segundo Kennedy, não há dados clínicos que justifiquem a vacinação adicional nesse grupo. Até então, a vacina era indicada para todos a partir de seis meses de idade.

A decisão gerou críticas da comunidade médica, que aponta que as evidências científicas contradizem a afirmação do secretário. O Ministério da Saúde do Brasil destaca que, após os idosos, as crianças são as mais suscetíveis a desenvolver formas graves da Covid-19. Em 2024, a vacina será incluída no Calendário Nacional de Vacinação para crianças de seis meses a menores de cinco anos.

Embora a maioria das crianças apresente quadros leves da doença, elas não estão isentas de complicações graves, como a síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P). A vacinação é crucial para aumentar a imunidade infantil e reduzir a propagação do Sars-CoV-2.

Críticas e Consequências

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que gestantes recebam três doses da vacina, além de um reforço. Estudo da Fiocruz Bahia confirma que a vacinação durante a gravidez é segura e não aumenta riscos de complicações no parto. A mortalidade entre gestantes durante a pandemia atingiu níveis alarmantes.

Kennedy, conhecido por suas posições controversas, fez o anúncio em um vídeo nas redes sociais, acompanhado por outros membros da FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos). A decisão foi criticada por especialistas, que alertam para um "precedente perigoso" que pode afetar outras vacinas essenciais, como as de sarampo e rubéola.

A exclusão da vacina do calendário de recomendações pode impactar o acesso à imunização, especialmente para os segurados. A vacina estava coberta pela maioria dos planos de saúde, e sua remoção pode resultar em aumento de custos para quem busca a imunização.

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