20 de jun 2025

África avança na fabricação de vacinas com novo diplomata chefe
Instituto Pasteur de Dakar inicia projeto MADIBA, visando produzir 1 bilhão de vacinas anuais e fortalecer a autonomia de saúde na África.

Amadou Sall visa, por meio de seu projeto MADIBA, garantir a soberania vacinal para toda a África. (Foto: INSTITUT PASTEUR de DAKAR)
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O Instituto Pasteur de Dakar (IPD) celebra sua trajetória de quase 100 anos com um novo projeto ambicioso. Sob a liderança de Amadou Alpha Sall, o IPD está desenvolvendo o projeto MADIBA, um complexo de fabricação de vacinas em Dakar. O objetivo é produzir até 1 bilhão de doses anualmente, promovendo a soberania vacinal na África.
O evento de comemoração, realizado em dezembro, reuniu mais de 300 pessoas, incluindo pesquisadores, líderes filantrópicos e ministros da saúde. Sall, que foi o primeiro diretor negro do IPD, destacou a importância de construir uma infraestrutura de saúde autônoma no continente. O projeto MADIBA, que recebeu US$ 220 milhões em investimentos, visa atender às necessidades de saúde africanas, produzindo vacinas contra doenças como Ebola e sarampo.
O complexo, localizado nos arredores de Dakar, contará com plataformas de biomanufatura de alta performance. A instalação permitirá a produção de vacinas líquidas e liofilizadas, além de medicamentos. Sall enfatiza que a iniciativa busca não depender de outros países para suprir as necessidades de saúde da população africana.
A pandemia de COVID-19 evidenciou a vulnerabilidade da África em relação à produção de vacinas, com mais de 90% dos medicamentos e 99% das vacinas sendo importados. Em resposta, líderes africanos se comprometeram a aumentar a produção local de vacinas de 1% para 60% até 2040. O projeto MADIBA é visto como um passo crucial para alcançar essa meta, reunindo apoio de investidores e organizações internacionais.
Sall também está focado em formar uma nova geração de cientistas africanos, incentivando o retorno de talentos que atuam no exterior. O projeto já atraiu jovens pesquisadores, como Youssouf Balde, que retornou do Canadá para contribuir com a iniciativa. O IPD atualmente conta com mais de 50 cientistas dedicados ao desenvolvimento de vacinas, com uma parte significativa deles tendo voltado ao país após estudos no exterior.
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