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09 de jul 2025

Vacina contra o vírus zika apresenta resultados promissores em testes com roedores

Pesquisadores da USP anunciam vacina eficaz contra o zika, que protege gestantes e evita danos cerebrais e testiculares em testes com camundongos.

Lâminas histológicas com regiões do cérebro apresentando pontos de necrose nos animais não vacinados e infectados com vírus zika (Foto: Nelson Côrtes et al./NPJ Vaccines)

Lâminas histológicas com regiões do cérebro apresentando pontos de necrose nos animais não vacinados e infectados com vírus zika (Foto: Nelson Côrtes et al./NPJ Vaccines)

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Pesquisadores da USP desenvolvem vacina promissora contra o vírus zika

Uma nova vacina contra o vírus zika, desenvolvida por pesquisadores do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IMT-FM-USP), demonstrou segurança e eficácia em testes com camundongos. O estudo, publicado na revista NPJ Vaccines, representa um avanço significativo na luta contra a epidemia que afeta especialmente gestantes e seus bebês.

A pesquisa, financiada pela FAPESP, revela que a vacina não apenas induz uma resposta imune eficaz, mas também protege os animais de danos cerebrais e testiculares associados à infecção. Gustavo Cabral de Miranda, responsável pelo projeto, destaca que a formulação foi projetada para neutralizar o patógeno, evitando a inflamação no cérebro e danos testiculares, que são preocupações emergentes.

Tecnologia inovadora

A vacina utiliza uma tecnologia chamada partículas semelhantes ao vírus (VLPs), que não requer o uso do material genético do patógeno, tornando seu desenvolvimento mais seguro e econômico. Miranda explica que a VLP atua como uma partícula carreadora, enquanto o antígeno viral, uma parte da proteína do envelope do vírus zika, estimula a produção de anticorpos específicos.

Os testes em camundongos geneticamente modificados mostraram que a vacina induziu a produção de anticorpos que neutralizaram o vírus, prevenindo a exacerbação da infecção. Além disso, a pesquisa investigou os efeitos do vírus em diversos órgãos, confirmando que a vacina protegeu os camundongos machos de danos testiculares, um aspecto crucial devido aos riscos de transmissão sexual do zika.

Desafios e avanços

O desenvolvimento de vacinas contra o zika é desafiador devido à semelhança do vírus com os sorotipos do vírus da dengue, que podem causar reações cruzadas. No entanto, a nova vacina se destaca por não provocar essas reações, permitindo uma resposta imune mais específica. O uso do antígeno EDIII foi fundamental para evitar esse problema, conforme ressaltado por Miranda.

Com a epidemia de zika ainda representando uma ameaça à saúde pública no Brasil, a pesquisa da USP oferece uma esperança renovada na prevenção da infecção e suas complicações. O artigo completo pode ser acessado na revista científica NPJ Vaccines.

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