Tecnologia

Meta altera moderação de conteúdo e permite posts problemáticos nas redes sociais

Meta encerra programa de verificação de fatos, focando em conteúdos de alta gravidade. Moderação centralizada no Texas pode aumentar a desinformação nas plataformas. Usuários poderão adicionar correções a posts de menor gravidade, sem checagem. Especialistas alertam sobre riscos de desinformação sobre vacinas e eleições. Nova política permite associações problemáticas entre gênero e doenças mentais.

Mark Zuckerberg, CEO da Meta (Foto: Drew Angerer / AFP)

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A Meta, responsável pelo Instagram e Facebook, anunciou o fim de seu programa de verificação de fatos, concentrando esforços apenas em conteúdos de "alta gravidade". A decisão foi revelada por Mark Zuckerberg, CEO da empresa, em um vídeo de cinco minutos no Instagram. Além disso, as plataformas passarão a recomendar mais conteúdo político, e a equipe de moderação de conteúdo deixará a Califórnia, centralizando suas operações no Texas.

Desde 2016, a moderação de conteúdo da Meta visava combater a desinformação, especialmente após a eleição de Donald Trump. A empresa estabeleceu parcerias com mais de oitenta organizações em mais de sessenta idiomas, incluindo agências como Reuters e Associated Press. No Brasil, cinco parceiros de checagem de fatos colaboravam com a Meta, seguindo os princípios da International Fact-Checking Network (IFCN).

Com o encerramento das parcerias, conteúdos considerados de "menor gravidade" poderão ser corrigidos pelos próprios usuários, semelhante ao que ocorre no X. Os filtros de verificação agora focarão em violações legais e de alta gravidade, enquanto denúncias de usuários serão necessárias para ações em casos menos graves. Especialistas alertam que isso pode permitir a disseminação de desinformação, racismo e homotransfobia nas plataformas.

Zuckerberg também anunciou ajustes nos filtros de verificação para torná-los mais eficientes. Yasmin Curzi, da Universidade de Virgínia, destacou que conteúdos que não sejam "explicitamente ilegais" poderão permanecer nas plataformas, incluindo desinformações sobre vacinas e ataques a grupos marginalizados. Após o anúncio, a Meta alterou sua política contra discurso de ódio, permitindo associações de orientação sexual e gênero a doenças mentais.

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