15 de jan 2025
DJI remove restrições de voo em áreas críticas nos Estados Unidos
A DJI remove geofencing, permitindo voos em áreas restritas nos EUA. Mudança ocorre após incidentes que levantaram preocupações sobre segurança. Nova abordagem coloca responsabilidade nos operadores, não na tecnologia. Ex autoridade da DJI critica a decisão, destacando riscos à segurança. Atualização alinha se com exigências da FAA sobre identificação remota de drones.
Foto: Reprodução
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A DJI anunciou a remoção de seu sistema de geofencing, que impedia voos em áreas restritas nos Estados Unidos, como aeroportos e locais de emergência. A mudança ocorre em um contexto de crescente desconfiança em relação a drones, especialmente após um incidente em que um drone da marca atrapalhou as operações de combate a incêndios na Califórnia. Agora, a empresa apenas fornecerá avisos que podem ser ignorados pelos operadores, o que levanta preocupações sobre a segurança aérea.
Em um comunicado, a DJI afirmou que essa decisão visa “colocar o controle de volta nas mãos dos operadores de drones”. O chefe de políticas globais da empresa, Adam Welsh, destacou que tecnologias como o Remote ID, que transmite a localização do drone e do operador, fornecerão às autoridades as ferramentas necessárias para fazer cumprir as regras existentes. No entanto, o drone que causou danos a um avião de combate a incêndios em Los Angeles era um modelo leve, que pode não exigir o uso do Remote ID.
A decisão da DJI ocorre em um momento em que o governo dos EUA tem restringido a importação de drones da empresa, classificando-a como uma “empresa militar chinesa”. O porta-voz da FAA, Ian Gregor, confirmou que a agência não exige geofencing de fabricantes de drones. Brendan Schulman, ex-chefe de políticas da DJI, criticou a mudança, afirmando que a remoção do geofencing pode ter um impacto negativo na segurança dos voos.
A DJI respondeu a perguntas sobre a nova política, confirmando que não há mais restrições para voos em locais como instalações militares ou áreas de emergência. A empresa argumentou que a atualização está alinhada com os princípios dos reguladores de aviação, que enfatizam a responsabilidade do operador em cumprir as regras. A mudança foi desenvolvida após a implementação de alterações semelhantes na União Europeia, que mantiveram zonas de não voo obrigatórias em torno de aeroportos.
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