08 de fev 2025
Estudo revela 1,7 mil anúncios fraudulentos sobre Pix e Valores a Receber nas redes sociais
Estudo do NetLab da UFRJ identificou 1.770 anúncios falsos nas redes da Meta. Após revogação do Pix, anúncios fraudulentos com Nikolas Ferreira aumentaram 234%. Anúncios usaram deepfakes de figuras públicas para enganar usuários sobre resgates. Meta não respondeu sobre a remoção dos anúncios identificados pelo estudo. Nikolas Ferreira acionou a Polícia Federal contra o uso indevido de sua imagem.
Laboratório da UFRJ identifica vídeo falso do deputado federal Nikolas Ferreira após revogação da norma do Pix (Foto: Reprodução/NetLab UFRJ)
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Entre 10 e 21 de janeiro de 2024, cerca de 1.770 anúncios falsos relacionados a golpes financeiros, como o Pix e Valores a Receber, foram identificados nas redes da Meta, que inclui o Instagram. O estudo do NetLab, da UFRJ, revelou que a maioria das postagens pagas utilizou inteligência artificial e deepfakes de figuras públicas, como o deputado federal Nikolas Ferreira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Os anúncios, veiculados por 151 anunciantes, direcionaram os usuários a 85 sites falsos.
O estudo destacou um aumento significativo nos anúncios fraudulentos após a revogação de uma norma que monitorava transações via Pix. Entre 10 e 15 de janeiro, foram 752 anúncios falsos, número que subiu para 1.018 entre 16 e 21 de janeiro, representando um crescimento de 35,4%. A pesquisa também indicou que sete em cada dez anúncios usaram inteligência artificial, e quatro em cada dez foram veiculados por páginas que se passavam pelo governo federal.
Marie Santini, diretora do NetLab, criticou a falta de moderação de conteúdo nas plataformas, afirmando que a Meta não está controlando adequadamente os anúncios fraudulentos. O estudo observou que, antes da revogação da norma do Pix, os anúncios seguiam um padrão de urgência, sugerindo que os usuários acessassem links para resgatar valores esquecidos. Após a revogação, a abordagem mudou, com um aumento de 234% nos anúncios envolvendo Nikolas Ferreira, que passaram a ter um tom antigovernista.
A Meta declarou que não permite atividades que visem enganar ou fraudar usuários e que está sempre aprimorando suas tecnologias de combate a fraudes. No entanto, não respondeu se os anúncios identificados foram removidos. Nikolas Ferreira informou que sua assessoria acionou a Polícia Federal para coibir o uso indevido de sua imagem e tem alertado o público por meio das redes sociais.
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