06 de fev 2025
Golpistas criam 1.770 anúncios falsos sobre o PIX nas redes sociais, revela estudo
A Receita Federal ampliou a fiscalização do PIX, gerando desinformação massiva. Levantamento do NetLab da UFRJ identificou 1.770 anúncios falsos sobre o PIX. Golpistas usaram inteligência artificial para manipular conteúdos e enganar usuários. Quarenta por cento das postagens direcionavam a sites falsos de instituições públicas. Meta reconhece problemas, mas afirma que combate fraudes em suas plataformas.
Celular com tela do PIX, em imagem de arquivo (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Golpistas exploraram a desinformação sobre o PIX para veicular 1.770 anúncios fraudulentos nas redes sociais, conforme levantamento do NetLab da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O estudo, divulgado em 6 de fevereiro, analisou o período entre 10 e 21 de janeiro, após a Receita Federal ampliar a fiscalização do sistema de pagamentos, o que gerou uma onda de fake news.
Cerca de 70% das postagens analisadas continham manipulações feitas com inteligência artificial, incluindo vídeos adulterados de figuras públicas. Os golpistas usaram essa desinformação para enganar vítimas, prometendo quantias em dinheiro que supostamente seriam alvo do governo. Aproximadamente 40% dos anúncios direcionavam para páginas falsas que imitavam sites de instituições públicas, utilizando logomarcas da Caixa e do Banco Central.
Os conteúdos fraudulentos foram criados por 151 anunciantes, que redirecionavam para 87 sites diferentes. Os anúncios foram impulsionados nas plataformas da Meta, que incluem WhatsApp, Facebook e Instagram, permitindo que os golpistas alcançassem um público maior por meio de segmentação demográfica e geográfica. O NetLab destacou que a Meta não oferece transparência suficiente sobre esses dados, o que facilita a publicidade enganosa.
Em resposta, a Meta afirmou que não tolera atividades fraudulentas em suas plataformas e que está constantemente aprimorando suas tecnologias para combater fraudes. A empresa também incentivou os usuários a denunciarem conteúdos que violem suas diretrizes. O estudo ressalta a vulnerabilidade das plataformas digitais em países do Sul Global, onde as leis locais são frequentemente ignoradas.
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