09 de abr 2025
Golpes virtuais disfarçados de cobranças da Receita Federal crescem exponencialmente
Golpes virtuais disfarçados de comunicações da Receita Federal crescem alarmantemente. Em 2023, foram registradas mais de 1,4 mil páginas fraudulentas, com um aumento de 3.101% em casos de estelionato virtual desde 2018. Especialistas alertam para a facilidade com que criminosos acessam dados pessoais e criam sites falsos, reforçando a urgência de cuidados na declaração do Imposto de Renda.
(rafapress / Shutterstock.com)
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Uma nova pesquisa da Redbelt Security revelou que mais de 1,4 mil páginas fraudulentas estão se passando pela Receita Federal, especialmente durante o período de declaração do Imposto de Renda. O levantamento destaca um aumento alarmante de 3.101% nas ocorrências de estelionato virtual entre 2018 e 2023. Somente na primeira semana de declaração, entre 17 e 24 de março, foram criadas 234 páginas fraudulentas, uma média de 33 por dia.
Eduardo Lopes, CEO da Redbelt Security, aponta que a combinação de vazamentos de dados e o uso de tecnologias avançadas facilita a ação dos golpistas. Muitas vezes, os criminosos já possuem informações pessoais das vítimas, o que aumenta a credibilidade das fraudes. Lopes ressalta que os golpistas utilizam templates de sites que imitam a aparência de páginas oficiais, criando uma experiência de usuário convincente.
O crime de estelionato virtual, previsto no artigo 171 do Código Penal, pode resultar em penas de quatro a oito anos de reclusão. Alexander Coelho, especialista em Direito Digital, destaca que a criação de páginas falsas para cobrar valores indevidos se enquadra perfeitamente na definição de fraude eletrônica. Apesar do aumento das ocorrências, as investigações enfrentam desafios devido ao anonimato dos golpistas, que frequentemente utilizam servidores estrangeiros e dados falsos.
As projeções indicam que entre 2,5 mil e 3 mil páginas fraudulentas devem surgir nos próximos dias, com os golpistas se preparando para a fase de restituição do Imposto de Renda. A Receita Federal não realiza comunicações por e-mail ou mensagens de texto, e recomenda que os contribuintes acessem informações apenas por meio do portal oficial. Coelho sugere a criação de um canal de denúncia mais eficiente, envolvendo Receita, Polícia Federal e órgãos de defesa do consumidor, para combater esses crimes de forma mais eficaz.
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