02 de jul 2025




Hackers desviam R$ 400 milhões de empresa ligada ao sistema de pagamentos Pix
C&M Software enfrenta investigação após ataque cibernético que desviou R$ 400 milhões de contas de instituições financeiras.

Foto: Reprodução
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Um ataque cibernético de grande escala atingiu a C&M Software na terça-feira, 1º de outubro, resultando em um desvio estimado de R$ 400 milhões de contas de pelo menos cinco instituições financeiras. A empresa, que conecta bancos ao sistema de pagamentos Pix e ao Banco Central, foi desconectada imediatamente após a violação.
Os hackers utilizaram credenciais de clientes para acessar os sistemas da C&M, permitindo o desvio de recursos de contas reserva mantidas no Banco Central. A C&M declarou ser uma vítima direta do ataque e afirmou que todos os seus sistemas críticos permanecem operacionais. A empresa está colaborando com as investigações da Polícia Civil de São Paulo e da Polícia Federal.
Impacto nas Instituições Financeiras
Entre as instituições afetadas está a BMP, que confirmou o desvio de recursos de sua conta reserva. A BMP assegurou que nenhum cliente foi impactado e que possui colaterais suficientes para cobrir o valor desviado. Outras instituições também foram afetadas, mas seus nomes não foram divulgados.
O Banco Central, ao ser informado do ataque, decidiu suspender o acesso da C&M às instituições financeiras, o que resultou em interrupções temporárias no sistema de pagamentos. Apesar do incidente, o BC garantiu que seus sistemas não foram comprometidos e que o funcionamento do Pix continua normal.
Investigação em Andamento
As investigações estão em andamento para identificar a origem do ataque e as vulnerabilidades exploradas pelos criminosos. Especialistas em cibersegurança apontam que a falha pode ter ocorrido devido a uma configuração inadequada nos sistemas de segurança da C&M. A situação levanta preocupações sobre a segurança cibernética no setor financeiro, especialmente em um momento em que o uso do Pix tem crescido significativamente.
A C&M Software, que conecta 22 instituições financeiras ao sistema de pagamentos, enfrenta um dos maiores desafios de sua história. O Banco Central e as autoridades competentes estão atentos ao desenrolar das investigações, que buscam responsabilizar os envolvidos no ataque e reforçar a segurança do sistema financeiro brasileiro.
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