Tecnologia

Hackers aliciam pivô de megafraude no Banco Central em bar de São Paulo

Especialista em TI é preso por fraude que desviou R$ 541 milhões do Banco Central, em esquema que envolveu venda de credenciais de acesso.

Polícia Civil de São Paulo esclarece participação de João Roque, preso na quinta-feira (2) por suspeita de facilitar ataque hacker contra o Banco Central (Foto: Bruno Caniato/VEJA)

Polícia Civil de São Paulo esclarece participação de João Roque, preso na quinta-feira (2) por suspeita de facilitar ataque hacker contra o Banco Central (Foto: Bruno Caniato/VEJA)

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A maior fraude bancária digital da história do Brasil foi revelada após a prisão de João Nazareno Roque, um especialista em Tecnologia da Informação (TI). Ele foi detido por vender credenciais de acesso a um sistema que conecta instituições financeiras ao Banco Central, facilitando um ataque cibernético que desviou 541 milhões de reais.

O esquema criminoso teve início em março, quando Roque, de 48 anos, foi abordado por um hacker em um bar em São Paulo. Ele trabalhava na C&M Software (CMSW), empresa que presta serviços a fintechs e bancos de pequeno porte. A Polícia Civil de São Paulo informou que Roque atuou como um "insider" para a quadrilha, permitindo a invasão de contas no BC. O delegado Renato Topan destacou que o técnico confessou ter recebido 15 mil reais pelo esquema, sendo 5 mil reais pela venda das credenciais e 10 mil reais para explicar o funcionamento do sistema aos hackers.

Detalhes do Ataque

O ataque ocorreu na madrugada de quarta-feira, 2 de outubro, e foi denunciado pelo banco BMP Money Plus. Entre 4h e 7h, a instituição detectou movimentações suspeitas via Pix, totalizando 541 milhões de reais. Os hackers utilizaram as credenciais de Roque para realizar transferências disfarçadas como transações legítimas, atingindo apenas instituições financeiras, sem afetar pessoas físicas.

Após a descoberta da fraude, 270 milhões de reais foram congelados em uma conta bancária, além de 15 milhões de reais em criptomoedas. Na residência de Roque, a polícia encontrou uma agenda com scripts relacionados ao esquema, que ainda estão sendo analisados. O especialista está preso temporariamente e responderá por associação criminosa e furto qualificado mediante fraude.

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