BlackRock aponta que a inclusão de staking pode revolucionar os ETFs de ether

O interesse por ETFs de ether tem sido moderado desde seu lançamento em julho do ano passado, mas pode mudar se questões regulatórias forem resolvidas, segundo Robert Mitchnick, chefe de ativos digitais da BlackRock. Durante o Digital Asset Summit em Nova York, ele destacou que a percepção de que os ETFs de ether têm tido um desempenho inferior em comparação aos de bitcoin é um equívoco. Contudo, a falta de rendimento por staking nos fundos é um fator que pode estar limitando seu crescimento.

O staking permite que investidores ganhem rendimento passivo ao bloquear suas criptomoedas na rede por um período, o que é uma estratégia interessante para quem não pretende vender seus ativos a curto prazo. Mitchnick, no entanto, não acredita que a solução para essa questão seja simples. Ele enfatizou que existem desafios complexos a serem superados e que a resolução dessas questões poderia impulsionar significativamente a atividade em torno dos produtos de ether.

A Securities and Exchange Commission (SEC) dos Estados Unidos tem considerado alguns serviços de staking como possíveis ofertas de valores mobiliários não registradas, de acordo com o Howey Test. Com uma nova administração mais favorável ao setor de criptomoedas, a SEC está se movendo rapidamente para redefinir a situação regulatória, com uma força-tarefa dedicada a discutir o status de segurança dos ativos digitais.

Recentemente, o ether enfrentou uma queda de mais de 40% em 2023, devido a narrativas conflitantes e à concorrência crescente de outras criptomoedas, como a Solana. Mitchnick acredita que a negatividade em torno do ether é exagerada e que sua proposta de valor está ligada à adoção de blockchain, tokenização e finanças descentralizadas, áreas que demandam educação contínua para os investidores. A BlackRock também é responsável pelo iShares Ethereum Trust ETF e por um fundo de mercado monetário tokenizado, o BUIDL, que foi lançado inicialmente na rede Ethereum.