Executivos de criptomoedas adotam novas medidas de segurança após onda de sequestros

Didi Taihuttu, da "Bitcoin Family", reformulou sua segurança após um aumento nas ameaças e sequestros de executivos de criptomoedas. A família, que vendeu tudo em 2017 para investir em bitcoin, agora adota um sistema de armazenamento descentralizado. Taihuttu afirmou que abandonou carteiras de hardware, optando por um método que combina armazenamento digital e físico, com frases-semente criptografadas e divididas em quatro partes, escondidas em diferentes continentes.

Nos últimos meses, a indústria de criptomoedas tem enfrentado um aumento alarmante de sequestros. Um caso recente envolveu um pai de um milionário em criptomoedas, que foi mantido em cativeiro na França. Outro incidente ocorreu em Nova York, onde um turista foi torturado por dias para revelar sua senha de bitcoin. Essas situações têm gerado preocupação entre os investidores, levando a um foco maior em segurança pessoal.

Taihuttu mencionou que sua família discute frequentemente questões de segurança, especialmente após relatos de tentativas de sequestro. Eles decidiram evitar a França e pararam de compartilhar atualizações de viagem nas redes sociais, após receberem mensagens ameaçadoras. A nova estratégia de segurança envolve a divisão de uma única frase-semente de bitcoin em quatro partes, armazenadas em locais distintos, dificultando o acesso por terceiros.

Além disso, a família utiliza carteiras de múltiplas assinaturas para proteger os fundos em "hot wallets". Taihuttu acredita que a descentralização é a melhor forma de proteger seus ativos e evitar a dependência de instituições financeiras. Ele também expressou desconfiança em relação a dispositivos de terceiros, optando por métodos que garantem maior controle sobre suas criptomoedas.