11 de fev 2025
Asteroide 2024 YR4 tem 2,3% de chance de colidir com a Terra em 2032, alerta ESA
O asteroide 2024 YR4, descoberto em dezembro de 2024, tem 2,3% de chance de impacto. Astrônomos esperam que a probabilidade diminua com novas observações até 2028. O asteroide, entre 40 e 90 metros, pode causar danos significativos se colidir. A situação ativou a resposta da ONU, com grupos discutindo possíveis ações. Tecnologias como a missão DART da NASA podem ser usadas para desviar o asteroide.
"O Very Large Telescope no Chile. (Foto: ESO/Y. Beletsky)"
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A comunidade científica internacional está em alerta em relação ao asteroide 2024 YR4, que possui uma probabilidade superior a 2% de colidir com a Terra em 22 de dezembro de 2032. Atualmente, o asteroide se afasta do nosso planeta enquanto orbita o Sol a cada quatro anos. A cada dia que passa, sua observação se torna mais desafiadora, exigindo telescópios de pelo menos dois metros de diâmetro para sua detecção. Em março, apenas telescópios de quatro metros conseguirão avistá-lo, e em abril, somente os maiores observatórios, como o Very Large Telescope no Chile e o Gran Telescopio de Canarias, terão essa capacidade.
Até o momento, o Centro de Planetas Menores da União Astronômica Internacional registrou mais de 340 observações do asteroide, que ajudam a determinar sua trajetória. As agências espaciais europeias e americanas estimam a posição do asteroide em sua aproximação mais próxima à Terra, embora essa previsão tenha incertezas. O coordenador da Escritório de Defesa Planetária da ESA, Juan Luis Cano, destaca que a probabilidade de impacto pode aumentar antes de eventualmente cair a zero, semelhante ao que ocorreu com o asteroide Apophis.
O tamanho do 2024 YR4 é incerto, estimando-se entre 40 e 90 metros de diâmetro. Cano menciona que, se o asteroide for menor que 50 metros, a estratégia em caso de impacto iminente seria permitir a colisão e evacuar a população em um raio de várias dezenas de milhas. A astrônoma Julia de León acredita que as chances de colisão serão descartadas, mas, se necessário, uma missão de desvio poderá ser planejada. O impacto de um corpo desse tamanho poderia causar danos significativos, como um tsunami se atingisse o oceano ou destruição em áreas urbanas.
A situação levou à ativação dos órgãos de defesa planetária da ONU pela primeira vez, com a Rede Internacional de Aviso de Asteroides e o Grupo Consultivo de Missões Espaciais envolvidos na gestão do risco. Este último grupo reconheceu que começou a discutir atividades, mas considera prematuro desenvolver recomendações específicas para missões espaciais. As opções de desvio incluem o lançamento de uma sonda de impacto ou o uso de explosões nucleares para alterar a trajetória do asteroide. O chefe de missões de defesa planetária da ESA, Paolo Martino, ressalta que a previsão da órbita de asteroides desse tamanho é complexa e requer estudos extensivos, com milhares de astrofísicos trabalhando na questão.
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