13 de fev 2025
Europa aciona telescópio James Webb para monitorar asteroide com risco de colisão
O asteroide 2024 YR4, descoberto em dezembro de 2023, tem 2,2% de chance de colidir com a Terra em dezembro de 2032. O telescópio James Webb começará a monitorar o asteroide no final de abril, quando ele deixará de ser visível da Terra. O asteroide é o primeiro a atingir nível 3 na Escala de Turim, indicando risco significativo de impacto. Richard Moissl alertou que, se o asteroide tiver mais de 50 metros, o impacto em áreas densamente povoadas seria devastador. A ONU propôs 2029 como o 'Ano Internacional de Conscientização sobre Asteroides', visando aumentar a educação sobre riscos e defesa planetária.
Em uma imagem fornecida pela Agência Espacial Europeia, uma representação artística de um asteroide. Os pesquisadores dizem que há 1,3% de chance de que a rocha espacial 2024 YR4 atinja nosso planeta - mas não antes de dezembro de 2032. (Foto: Agência Espacial Europeia via The New York Times)
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O telescópio espacial James Webb iniciará, no final de abril, a medição da trajetória do asteroide 2024 YR4, que apresenta uma possibilidade de 2,2% de colidir com a Terra em dezembro de 2032. A informação foi divulgada por Richard Moissl, chefe do Escritório de Defesa Planetária da Agência Espacial Europeia (ESA), em uma reunião em Viena. O asteroide foi descoberto em 27 de dezembro pelo observatório ATLAS, no Chile, e seu monitoramento está sendo realizado pelo Grupo Consultivo de Missões Espaciais (SMPAG), vinculado à ONU.
A chance de impacto do asteroide aumentou de 1,2% para 2,2% em um intervalo de poucos dias. Moissl destacou que esses números são dinâmicos e podem mudar diariamente. O 2024 YR4 é o primeiro asteroide a atingir o nível 3 na Escala de Turim, indicando uma probabilidade superior a 1% de impacto e um diâmetro estimado entre 40 e 90 metros.
Atualmente, o asteroide pode ser observado por telescópios terrestres, mas deixará de ser visível em breve, tornando necessário o uso do James Webb, que está a 1,5 milhão de quilômetros da Terra. Moissl afirmou que o telescópio permitirá calcular com precisão o diâmetro do asteroide, um dado crucial para avaliar o risco de impacto. Caso o diâmetro seja confirmado acima de 50 metros, a situação se tornaria mais preocupante, especialmente se a colisão ocorrer em áreas densamente povoadas.
A UNOOSA propôs que 2029 seja o 'Ano Internacional de Conscientização sobre Asteroides e Defesa Planetária', visando aumentar a conscientização sobre a ameaça desses corpos celestes. Moissl enfatizou a importância da educação sobre o tema, ressaltando que muitas percepções errôneas são influenciadas por filmes de Hollywood, que retratam cenários apocalípticos.
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