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Marte pode ter sido vermelho por razões diferentes das imaginadas, aponta estudo

Estudo revela que a ferrihidrita, e não a hematita, causa a cor de Marte. Oxidação do ferro ocorreu quando Marte ainda tinha água líquida na superfície. Pesquisa utilizou dados da ESA e NASA, além de experimentos laboratoriais inovadores. Ferrihidrita permanece estável, preservando sua assinatura química por bilhões de anos. Descoberta sugere que Marte pode ter sido habitável por mais tempo do que se pensava.

FERRIHIDRITA: identificada como causa da cor de Marte, forma-se em frio e umidade, sugerindo um passado habitável no planeta. (Foto: OguzhanN7/AdobeStock/Reprodução)

FERRIHIDRITA: identificada como causa da cor de Marte, forma-se em frio e umidade, sugerindo um passado habitável no planeta. (Foto: OguzhanN7/AdobeStock/Reprodução)

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O tom vermelho de Marte sempre intrigou cientistas e astrônomos. Um estudo recente publicado na revista Nature Communications sugere que a cor do planeta não é resultado apenas da oxidação de minerais de ferro, como se acreditava, mas sim da presença de ferrihidrita, um mineral rico em ferro e água. Essa descoberta indica que a oxidação do ferro ocorreu quando Marte ainda tinha água líquida em sua superfície, muito antes do que se pensava.

Tradicionalmente, acreditava-se que a cor marciana era devido à hematita, um óxido de ferro formado em condições áridas. No entanto, a nova pesquisa, que utilizou dados de satélites da Agência Espacial Europeia (ESA) e da NASA, aponta que a ferrihidrita se forma rapidamente em ambientes frios e úmidos. Para validar essa teoria, os pesquisadores recriaram a poeira marciana em laboratório, misturando ferrihidrita com basalto, e analisaram as amostras com técnicas semelhantes às usadas em sondas espaciais.

Os resultados mostraram que a ferrihidrita explica melhor a composição da poeira marciana do que a hematita. Essa evidência sugere que Marte pode ter sido habitável por um período mais longo do que os modelos anteriores indicavam. Além disso, a pesquisa revelou que a ferrihidrita permanece estável nas condições atuais do planeta, preservando sua assinatura química por bilhões de anos.

Essas descobertas podem fornecer informações valiosas sobre a transição climática de Marte e como ele se tornou um ambiente árido. O estudo também ressalta a importância de futuras missões, como a Mars Sample Return, que trará amostras do solo marciano para análises na Terra. O rover Perseverance já coletou algumas dessas amostras, que, quando analisadas, permitirão medir a quantidade de ferrihidrita presente e aprofundar o entendimento sobre a história da água em Marte.

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