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Aumento das emissões de gases de efeito estufa pode comprometer a órbita da Terra, alerta estudo

Estudo do MIT e Universidade de Birmingham revela impacto do CO2 na órbita. Emissões de gases de efeito estufa podem reduzir capacidade orbital em até 66%. Diminuição da densidade atmosférica prolonga detritos, aumentando riscos de colisão. Introdução do conceito de Capacidade Instantânea de Kessler para calcular satélites. Mitigação das emissões é crucial para preservar o espaço e evitar crises orbitais.

CAPACIDADE INSTANTÂNEA DE KESSLER: estudo introduz conceito para calcular o número máximo de satélites que podem ser colocados em uma determinada altitude (Foto: Comstock/VEJA)

CAPACIDADE INSTANTÂNEA DE KESSLER: estudo introduz conceito para calcular o número máximo de satélites que podem ser colocados em uma determinada altitude (Foto: Comstock/VEJA)

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Um estudo recente publicado na Nature Sustainability alerta que o aumento das emissões de gases de efeito estufa pode comprometer a segurança de satélites em órbita terrestre. A pesquisa, conduzida por William Parker do MIT e Matthew K. Brown da Universidade de Birmingham, utiliza modelos atmosféricos para prever o impacto das mudanças climáticas na capacidade orbital até 2100. O aumento das emissões de CO2 provoca o resfriamento e a contração da termosfera, camada onde operam a maioria dos satélites, resultando em uma diminuição da densidade atmosférica.

Esse fenômeno reduz o arrasto sobre os detritos espaciais, prolongando seu tempo em órbita e aumentando o risco de colisões. Com o número crescente de satélites em órbita baixa, o acúmulo de detritos pode desencadear a Síndrome de Kessler, uma reação em cadeia de colisões. O estudo prevê uma redução de 50% a 66% na capacidade orbital entre 200 e 1.000 quilômetros de altitude até 2100, dependendo do cenário de emissões de CO2, com o cenário mais pessimista limitando a capacidade a 25 a 40 milhões de satélites.

Os pesquisadores introduziram o conceito de Capacidade Instantânea de Kessler (IKC), que calcula o número máximo de satélites que podem ser mantidos em uma altitude específica sem aumentar a população de detritos. O modelo considera características dos satélites e dos detritos para estimar a frequência de colisões. Além disso, a pesquisa destaca que a redução da densidade atmosférica pode afetar a vida útil dos satélites, especialmente os que não podem manobrar, aumentando o tempo necessário para a desorbitação.

Os autores enfatizam a urgência de mitigar as emissões de gases de efeito estufa para preservar o uso do espaço. Eles argumentam que a redução das emissões é crucial para evitar a perda de capacidade orbital, pois impacta diretamente o arrasto dos satélites. William Parker ressalta que “para regular e fazer uso equitativo da órbita baixa da Terra, um pré-requisito é entender quanto recurso está disponível para ser compartilhado”, destacando a interconexão entre mudanças climáticas e detritos orbitais.

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