23 de mai 2025

Brasil inicia processamento de imagens do céu com supertelescópio em parceria com os EUA
### Linha fina: Brasil investe R$ 7 milhões em centro de dados para o projeto LSST, que promete revolucionar a astronomia com novas descobertas.
Foto:Reprodução
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Uma nova era na astronomia se inicia com o projeto LSST (Legacy Survey of Space and Time), que começará a operar em 16 de junho no Chile. Este supertelescópio, com um diâmetro de oito metros, tem como objetivo mapear o céu do Hemisfério Sul por uma década, focando em fenômenos como a energia escura e objetos celestes pouco estudados.
O Brasil, por meio do LIneA (Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia), receberá R$ 7 milhões da Finep para processar os dados gerados pelo LSST. Um novo Centro Independente de Acesso a Dados (IDAC) será instalado em Petrópolis, com capacidade para armazenar 5 petabytes de informações e envolverá cerca de 170 pesquisadores. Este centro será crucial para analisar e distribuir as imagens capturadas pelo supertelescópio.
Estrutura e Capacidades do IDAC
O IDAC, que funcionará nas instalações do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), terá acesso a uma das maiores câmeras digitais do mundo, com 3,2 gigapixels. O supertelescópio poderá gerar mais de 200 mil imagens por ano, permitindo a catalogação de até 37 bilhões de objetos celestes. A expectativa é que o projeto contribua significativamente para o entendimento da energia escura, que compõe a maior parte do universo.
O acordo com o Departamento de Energia dos Estados Unidos estabelece que o LIneA deve manter um banco de dados com capacidade para 500 terabytes, permitindo o uso simultâneo de 50 usuários. Luiz Nicolaci da Costa, diretor do LIneA, destaca a importância de garantir a sustentabilidade do projeto, que ainda busca um orçamento adicional de R$ 10 milhões para a fase de montagem e manutenção da equipe técnica.
Importância da Participação Brasileira
A participação do Brasil no LSST coloca o país em um seleto grupo de nações com acesso direto a dados astronômicos de ponta. O IDAC terá um papel estratégico na produção e análise desse conhecimento, essencial para o avanço da ciência nacional. Nicolaci enfatiza a necessidade de preparar a equipe para operar por 13 anos, assegurando a continuidade do trabalho e a valorização dos especialistas envolvidos.
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