23 de jun 2025


Observatório Vera C. Rubin identifica 2.104 asteroides em descoberta impressionante
Telescópio do Observatório Vera C. Rubin revela 2.104 asteroides e inicia busca por galáxias e o hipotético Planeta Nove.

Alomerado de Virgem com duas galáxias espirais (Foto: Vera C. Rubin/AFP)
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O Observatório Vera C. Rubin, no Chile, apresentou suas primeiras imagens nesta segunda-feira (23), revelando 2.104 novos asteroides e destacando galáxias e estrelas variáveis. O evento ocorreu na Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, em Washington, e marca um avanço significativo na astronomia.
As imagens foram capturadas durante os primeiros dias de operação do telescópio, que é o mais poderoso já construído. O projeto, que recebeu um investimento de mais de US$ 800 milhões, visa criar o mais extenso catálogo astronômico da história, com mais de 40 bilhões de objetos catalogados ao longo de dez anos.
O telescópio de 8,4 metros de diâmetro, instalado no Cerro Pachón, no Chile, possui a câmera digital de maior resolução já construída, com 3.200 megapixels. Cada imagem equivale a 400 televisores Ultra HD lado a lado, cobrindo uma área equivalente a 45 Luas cheias. O diretor do observatório, Željko Ivezić, destacou que, se o projeto fosse realizado com outros telescópios, levaria mil anos para ser concluído.
Descobertas Iniciais
As primeiras imagens mostraram o Aglomerado de Virgem, a cerca de 55 milhões de anos-luz da Terra, revelando uma vasta quantidade de galáxias. A imagem representa apenas 2% do campo de visão total do Rubin, que deve permitir estudos sem precedentes sobre a evolução do Universo e a energia escura.
Além dos asteroides, o observatório também está em busca do Planeta Nove, uma hipótese que sugere a existência de um nono planeta no Sistema Solar, além da órbita de Netuno. "Se o Planeta Nove existe, o Rubin está na melhor posição para descobri-lo", afirmou Ivezić.
Futuro Promissor
O projeto prevê a descoberta de 5 milhões de asteroides nos próximos anos, superando em muito as descobertas anteriores. O observatório também deve identificar cerca de 100 mil estrelas variáveis e milhões de supernovas, essenciais para entender a expansão do Universo.
As imagens apresentadas incluem nebulosas, como a Trífida e a Lagoa, que estão a cerca de 5.000 anos-luz da Terra. O evento marca o início de uma nova era na astronomia, com um potencial revolucionário para a compreensão do cosmos.
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