Tecnologia

FAPESP financia rede de alta velocidade para transmissão de dados do observatório Vera Rubin

O Observatório Vera Rubin inicia operações e promete revolucionar a astronomia com dados em tempo real e um catálogo inédito de galáxias e estrelas.

Observatório nos Andes chilenos, a 2.682 metros de altitude, vai detectar mais de 20 bilhões de galáxias e 17 bilhões de estrelas (Foto: divulgação)

Observatório nos Andes chilenos, a 2.682 metros de altitude, vai detectar mais de 20 bilhões de galáxias e 17 bilhões de estrelas (Foto: divulgação)

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O Observatório Vera Rubin, localizado no Chile, iniciou suas operações e divulgou suas primeiras imagens nesta segunda-feira, 23 de junho. Com um espelho de 8,4 metros e uma câmera digital avançada, o observatório promete revolucionar a astronomia ao mapear o céu visível no hemisfério Sul.

Nos próximos dez anos, o Vera Rubin deverá gerar 60 petabytes de dados, produzindo cerca de 20 terabytes diariamente. O telescópio será capaz de fotografar um novo campo de visão a cada três ou quatro minutos, revisitando o céu a cada três ou quatro noites. Essa capacidade permitirá a detecção de mais de 20 bilhões de galáxias e 17 bilhões de estrelas, criando o maior catálogo astronômico já registrado.

Sistema de Alertas

O observatório também se destaca pela rapidez na transmissão de dados. O sistema de alertas informará sobre eventos astronômicos, como explosões de supernovas, em menos de 60 segundos. Para garantir essa eficiência, a Rednesp, rede de fibra óptica mantida pela FAPESP, será responsável pela conexão entre o Chile e os centros de processamento nos Estados Unidos.

Ney Lemke, coordenador da Rednesp, destacou a importância de uma infraestrutura de alta velocidade e baixa latência, capaz de transmitir dados em até 400 gigabits por segundo. Essa velocidade é crucial, pois atrasos ou perdas de pacotes podem comprometer a operação do observatório.

Contribuições da Comunidade Científica

A FAPESP investiu aproximadamente US$ 125 milhões na Rednesp desde sua criação, com um aporte contínuo de US$ 4 milhões anuais. Esse investimento não se destina apenas ao Vera Rubin, mas beneficia diversas instituições de ensino e pesquisa em São Paulo.

Cinco pesquisadores principais foram selecionados para integrar a equipe do observatório, incluindo Luis Raul Weber Abramo e Claudia Lucia Mendes de Oliveira. Abramo, que organizou conferências sobre o projeto, ressaltou que o Vera Rubin introduz uma nova dimensão na observação astronômica, permitindo acompanhar mudanças no céu em tempo real.

O Vera Rubin, com seu telescópio Simonyi, será fundamental para detectar e monitorar asteroides, cometas e quasares, além de possibilitar a sinergia com dados de observatórios de ondas gravitacionais. Essa colaboração poderá revolucionar a compreensão das estruturas do universo e a dinâmica do nosso sistema solar.

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