02 de jul 2025

Cientista alerta sobre o desconhecimento de 95% do universo em nova pesquisa
Mar Capeáns assume a direção de operações do CERN em 2026, enfrentando desafios cruciais na física de partículas e colaboração internacional.
A física gallega Mar Capeáns, nova diretora de operações do laboratório europeu de física de partículas CERN, em Genebra. (Foto: CERN)
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Mar Capeáns, física espanhola com 58 anos, foi nomeada nova diretora de operações do CERN, o maior laboratório de física de partículas do mundo. Ela assumirá o cargo em 2026, com mandato até 2030. Capeáns terá como principais desafios a ampliação do Grande Colisor de Hádrons (LHC) e a possível construção do Futuro Colisionador Circular (FCC).
O CERN, localizado em Genebra, Suíça, reúne 20.000 cientistas de 110 países. A Espanha, que contribui com 7% do orçamento anual de aproximadamente 1,2 bilhões de euros, é um dos 25 Estados membros. Capeáns destaca a importância da colaboração internacional, especialmente em tempos de tensões geopolíticas.
Durante seu mandato, o CERN enfrentará desafios significativos, como multiplicar por 10 a potência do LHC, que descobriu o bosão de Higgs em 2012. A construção do FCC, um acelerador três vezes maior, poderá revelar informações sobre 25% do universo ainda desconhecido. Capeáns acredita que a tecnologia necessária para o FCC está em discussão e que a decisão deve ser tomada até o final do ano.
Capeáns, que trabalha no CERN há mais de 30 anos, enfatiza a necessidade de manter a ciência básica como prioridade, mesmo diante de possíveis cortes orçamentários. Ela ressalta que a colaboração é fundamental para o sucesso do laboratório e que a comunidade científica deve permanecer unida.
Entre os objetivos do CERN, está a busca pela matéria escura, que pode explicar uma parte significativa do universo. Capeáns acredita que, com a próxima fase do LHC, será possível descobrir novas partículas e validar teorias sobre a matéria escura. A cientista também menciona a complexidade da energia escura, que representa 75% do universo, e a dificuldade em abordá-la.
Por fim, Capeáns reafirma o papel da Espanha no CERN, destacando a importância de ter representantes espanhóis em posições relevantes para inspirar novas gerações de cientistas. A nova diretora de operações está otimista quanto ao futuro do CERN e à continuidade da colaboração internacional em ciência.
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