14 de mai 2025
Brasil avança para o 6G com leilão previsto e foco em inclusão digital
Brasil avança para o 6G com leilão de R$ 50 bilhões e foco em inclusão digital, inteligência artificial e cobertura em áreas remotas.
Vinícius Caram, da Anatel, vê necessidade de políticas públicas que melhorem a conectividade da população brasileira (Foto: Werther Santana/Estadão)
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O Brasil avança para a sexta geração de conectividade móvel, o 6G. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou uma consulta pública para a faixa de 6 GHz, com edital de leilão previsto para outubro. Os investimentos estimados são de R$ 50 bilhões, com foco na inclusão digital e integração com inteligência artificial.
Durante o Summit Tecnologia e Inovação, Vinícius Caram, conselheiro substituto da Anatel, destacou que o leilão seguirá o modelo do 5G, com compromissos para expandir a infraestrutura em áreas não atendidas. Cerca de 80% da área geográfica do Brasil ainda não possui cobertura, e o objetivo é levar conectividade a essas regiões.
A faixa de 6 GHz será dividida, com parte destinada ao Wi-Fi 7 e entre 500 a 700 MHz para redes móveis, incluindo 5.5G e 6G. A integração com inteligência artificial será central, permitindo operações mais eficientes e novas aplicações, como carros autônomos. Luciano Mendes, professor do Inatel, prevê que a nova geração poderá até tornar os celulares obsoletos, com dispositivos vestíveis assumindo seu lugar.
Inovações do 6G
Carlos Lauria, diretor de relações governamentais da Huawei, afirmou que o 6G trará benefícios diretos ao usuário final, como hologramas sem óculos especiais. A rede funcionará como um grande sensor, permitindo a criação de gêmeos digitais, réplicas virtuais de objetos físicos. Hugo Baeta, da Nokia, espera que a padronização do 6G esteja concluída entre 2027 e 2028, com lançamento comercial previsto para 2030.
Atualmente, o Brasil conta com 45 milhões de usuários de 5G e 1.200 cidades cobertas, posicionando-se como o terceiro país em qualidade de conectividade 5G. Apesar do avanço, a percepção do usuário ainda é limitada, com a maioria das inovações ocorrendo na internet das coisas (IoT) e no uso industrial da rede. A integração com satélites também é uma solução para melhorar a conectividade em áreas remotas.
O leilão do 5G em 2021 já havia movimentado R$ 47 bilhões em compromissos de investimento. A nova rodada, com estimativas ainda maiores, reforça a ambição do Brasil de se tornar um protagonista na conectividade global, com foco no futuro.
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