25 de fev 2025
Uso crescente de algoritmos para monitorar produtividade no trabalho gera controvérsias
Algoritmos de produtividade se expandem, controlando trabalhadores em setores variados. Pressão por transparência nas decisões algorítmicas cresce entre grupos de defesa. Relatório revela que sistemas de produtividade da Amazon aumentam lesões entre trabalhadores. A crença na ineficiência do trabalho remoto não é respaldada por pesquisas econômicas. Mudanças nas relações de poder entre trabalhadores e gestão são cada vez mais evidentes.
Colagem ilustrada mostrando uma imagem de um espaço de cubículo sendo perfurado por uma câmera de vigilância imponente com asteriscos e retângulos abstratos. (Foto: Aïda Amer/MIT Technology Review | Photos Adobe)
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A crescente adoção de algoritmos opacos para analisar a produtividade dos trabalhadores tem gerado preocupações em diversos setores, conforme destacado por Rebecca Ackermann na MIT Technology Review. Desde a pandemia, muitas empresas implementaram softwares que monitoram teclas digitadas e o tempo de permanência dos funcionários em seus computadores, impulsionadas pela crença de que trabalhadores remotos são menos produtivos. No entanto, essa suposição carece de respaldo em pesquisas econômicas. Essa abordagem também se reflete nas iniciativas de figuras como Elon Musk e o Office of Personnel Management, que buscam limitar o trabalho remoto entre funcionários federais dos EUA.
Além do foco nos trabalhadores remotos, a análise de Ackermann ressalta a realidade dos trabalhadores de gig economy, que podem ser excluídos de plataformas sem possibilidade de contestação. Um relatório do Congresso de 2024 revelou que os sistemas de produtividade em armazéns da Amazon impuseram ritmos de trabalho que, segundo a própria equipe interna da empresa, aumentariam o risco de lesões. A autora argumenta que essas ferramentas são mais sobre controle do que eficiência, com a falta de legislação exigindo transparência sobre os dados utilizados nos modelos de produtividade.
Os grupos trabalhistas estão se mobilizando para exigir maior transparência nos algoritmos que influenciam as decisões gerenciais. A crescente influência da busca por eficiência no cenário político dos EUA sugere que as tecnologias que transformaram o setor privado podem estar se expandindo para o setor público. Funcionários federais já se preparam para essa transição, conforme reportado pela Wired.
Em meio a essas mudanças, a Microsoft anunciou avanços significativos em sua busca por qubits topológicos, uma abordagem que promete tornar os computadores quânticos mais estáveis e escaláveis. Essa tecnologia pode acelerar descobertas científicas, mas especialistas alertam que ainda há um longo caminho a percorrer antes que se prove sua eficácia. Além disso, a OpenAI está mudando sua parceria de Microsoft para Softbank, enquanto a Humane anunciou o fechamento de seu projeto de AI Pin, refletindo os desafios enfrentados por inovações no setor.
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