09 de abr 2025
Cientistas em inteligência artificial veem mais benefícios do que riscos na tecnologia
Pesquisadores em inteligência artificial divergem da opinião pública: 54% acreditam em benefícios, mas todos compartilham preocupações sobre riscos.
Crédito: Andrey Rudakov/Bloomberg via Getty (Foto: Andrey Rudakov/Bloomberg via Getty)
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Pesquisadores em inteligência artificial (IA) demonstram uma visão otimista sobre o futuro da tecnologia, com 54% acreditando que trará mais benefícios do que riscos, em contraste com apenas 13% do público do Reino Unido que compartilha dessa perspectiva. Apesar dessa diferença, os cientistas também expressam preocupações sobre o papel da IA na desinformação e no uso de dados pessoais, com 77% dos pesquisadores e 68% do público reconhecendo que a tecnologia agrava o problema da desinformação.
O estudo, que envolveu 4.260 cientistas de diversas partes do mundo, revela que 75% dos pesquisadores acreditam que a IA pode aumentar o acesso à educação e 57% consideram que pode melhorar o acesso à saúde. No entanto, menos de um terço dos cientistas defende um desenvolvimento acelerado da tecnologia, preferindo uma abordagem mais cautelosa para mitigar riscos.
As preocupações com a utilização de dados pessoais são significativas. Apenas 25% dos pesquisadores concordam que empresas devem usar dados disponíveis publicamente para treinar modelos de IA, enquanto quase 50% defendem que é necessário obter permissão explícita dos indivíduos para tal uso. Essas opiniões contrastam com as propostas de alguns governos, como o do Reino Unido, que busca implementar mecanismos para que pessoas possam optar por não ter seus dados utilizados.
Para regular a IA de forma eficaz, especialistas como Robert Trager, diretor da Oxford Martin AI Governance Initiative, destacam a necessidade de mais pesquisas. Ele enfatiza a importância de entender como os sistemas de IA podem ser aplicados para fortalecer defesas cibernéticas e ecossistemas de informação. O estudo foi publicado em 1 de abril no servidor de pré-impressão Zenodo e comparou as respostas dos pesquisadores com dados coletados anteriormente pelo Escritório de Estatísticas Nacionais do Reino Unido.
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