Tecnologia

Inteligência artificial pode criar "fantasmas" digitais de pessoas falecidas para conforto emocional

Avatares digitais de pessoas falecidas podem evoluir com inteligência artificial, levantando questões éticas sobre dependência e privacidade.

Cena da série da Netflix 'Black Mirror', onde um relacionamento é recriado após a morte. (Foto: ImdB)

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Avanços em Avatares Digitais

Pesquisadores da Google DeepMind e da Universidade do Colorado Boulder introduziram o conceito de "fantasmas geradores", avatares digitais que evoluem com o tempo. Esses avatares podem imitar vozes e personalidades de pessoas falecidas, levantando questões éticas sobre dependência e privacidade.

O conceito sugere que, ao contrário de uma réplica estática, esses avatares poderiam se desenvolver, passando de crianças para adolescentes ou adultos. "As chances de a inteligência artificial ser usada para gerar vida artificial após a morte são altas", afirma Jed Brubaker, um dos autores do estudo. Atualmente, já existem empresas que oferecem serviços de memorialização digital.

Empresas em Destaque

A Re;memory e a HereAfter AI são exemplos de empresas que criam versões interativas de pessoas falecidas. Após entrevistas e gravações, essas plataformas permitem que os usuários interajam com chatbots que representam seus entes queridos, compartilhando memórias e experiências de vida.

Em países asiáticos, como China e Coreia do Sul, a prática de manter relações com ancestrais é mais comum. Brubaker destaca que "a adoção no Ocidente depende da visão individual sobre tecnologia e luto". Os "fantasmas geradores" podem oferecer conforto emocional, permitindo que familiares discutam eventos significativos com aqueles que partiram.

Desafios e Riscos

Entretanto, a criação desses avatares não é isenta de riscos. Brubaker alerta para a dependência emocional que pode surgir ao interagir com uma máquina que representa um ente querido. Além disso, há preocupações sobre a privacidade e a reputação, já que um avatar pode revelar opiniões controversas ou informações pessoais indesejadas.

Os pesquisadores também mencionam a possibilidade de "fantasmas" serem usados para atividades ilícitas ou para assediar pessoas. A complexidade dos riscos associados a esses avatares exige uma análise cuidadosa para evitar consequências negativas.

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