Empresas brasileiras buscam na inteligência artificial aumentar produtividade e lucros

Anderson Soares, coordenador do Centro de Excelência em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás (UFG), afirma que o Brasil ainda está em fase de consolidação da inteligência artificial (IA). Em evento realizado no dia quatorze de maio, Soares destacou que as empresas enfrentam desafios como a regulação restritiva e a necessidade de reduzir custos de desenvolvimento.

A adoção da IA tem se intensificado em diversos setores, com empresas buscando aumentar produtividade e lucros. Soares ressaltou que, embora a tecnologia já tenha mostrado casos de sucesso, a construção de infraestrutura para suportá-la é um gargalo significativo. Ele afirmou que, após a implementação, a tecnologia se torna escalável, permitindo automações mais complexas.

O professor também mencionou que a regulação em andamento no Brasil gera insegurança jurídica. A proposta aprovada no Senado é considerada restritiva e pode dificultar inovações. “A lei trata apenas de riscos e traz um temor grande para as empresas”, disse Soares. Ele acredita que a burocracia resultante pode prejudicar o avanço do setor.

Desafios e Oportunidades

Um dos principais desafios é equilibrar os gastos com tecnologia para que o desenvolvimento seja menos custoso e mais eficaz. Soares acredita que a própria IA pode ser utilizada para acelerar esse processo. Ele destacou que a tecnologia está promovendo uma nova perspectiva de automação, permitindo que tarefas complexas sejam realizadas sem intervenção humana.

Além disso, o professor mencionou que existem mecanismos de incentivo à inovação no Brasil, como a lei de benefício fiscal, que oferece abatimentos parciais em investimentos. No entanto, ele reconhece que esses incentivos não alcançam todos os nichos de empresas. O evento Summit Tecnologia e Inovação, promovido pelo Estadão, abordou esses temas e as perspectivas futuras para o uso da IA no Brasil.