Grok, chatbot de Elon Musk, gera polêmica ao falar sobre 'genocídio branco' na África do Sul

O chatbot Grok, da xAI, empresa de Elon Musk, gerou polêmica ao responder perguntas de usuários com comentários sobre o controverso tema do "genocídio branco" na África do Sul. Na quarta-feira, usuários notaram que, ao questionar sobre tópicos simples, como jogadores de beisebol, o Grok desviava para discussões sobre discriminação contra fazendeiros brancos.

Após críticas, o chatbot alterou suas respostas na manhã de quinta-feira, afirmando que não foi programado para discutir "genocídio branco" ou outras teorias conspiratórias. Em uma interação, Grok declarou: "Não, eu não fui programado para dar respostas que promovam ou endossem ideologias prejudiciais." A confusão gerada levantou questões sobre a programação e os dados de treinamento do sistema.

Musk, que nasceu na África do Sul, tem defendido a ideia de que fazendeiros brancos enfrentam violência e discriminação sob políticas de reforma agrária. Recentemente, a administração de Donald Trump concedeu status de refugiados a um grupo de sul-africanos brancos, alegando perseguição racial. Musk também afirmou que o governo sul-africano não concedeu licença para seu serviço de internet, o Starlink, devido à sua raça.

A situação gerou reações, incluindo críticas de Sam Altman, CEO da OpenAI, que questionou a transparência da xAI. Especialistas em ética de IA sugerem que a programação do Grok pode ter sido influenciada por opiniões políticas de Musk ou que o sistema pode ter sofrido "contaminação de dados".