Candidatos perdem personalidade ao usar inteligência artificial em currículos

Nicky Hancock, chief growth officer da AMS, destaca um aumento na dependência de inteligência artificial (IA) por candidatos durante o processo de recrutamento. Segundo Hancock, essa prática resulta em aplicações menos personalizadas, prejudicando as chances de se destacar.

Ela observa que, embora seja essencial que os jovens demonstrem conhecimento básico de IA, o uso excessivo dessa tecnologia pode eliminar a personalidade dos documentos. “Quando qualquer empresa contrata graduados, eles querem que saibam usar IA, pois isso será parte de suas funções futuras”, afirma Hancock. Contudo, a falta de personalização nas aplicações é um problema crescente.

Nos últimos seis a doze meses, Hancock notou que a facilidade de usar IA para se candidatar a várias vagas tem gerado aplicações repetitivas. Atualmente, as empresas contratam apenas entre 1% e 5% das candidaturas recebidas. Para evitar esse problema, ela recomenda que os candidatos comecem com um rascunho pessoal e utilizem ferramentas de IA para aprimorar suas candidaturas, incorporando palavras-chave e quantificando conquistas.

Dicas para Candidatos

Hancock sugere que os candidatos personalizem suas aplicações para destacar habilidades interpessoais, que são altamente valorizadas pelos empregadores. É importante incluir exemplos reais de como lidaram com desafios ou atingiram metas em experiências anteriores. Além disso, os candidatos devem estar prontos para discutir esses pontos durante as entrevistas.

Ela também recomenda que os candidatos se preparem para perguntas que ajudem a revelar suas características como colaboradores e profissionais. Hancock acredita que essa abordagem pode aumentar a confiança e as chances de sucesso no mercado de trabalho.