06 de jun 2025
Personagens bíblicos se tornam influenciadores digitais em novas redes sociais
Personagens bíblicos se tornam influenciadores digitais no TikTok, mas especialistas alertam sobre os riscos de deepfakes e manipulação.
Foto: Reprodução
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A página "Vlog Bíblico" no TikTok, que traz personagens bíblicos como influenciadores digitais, já acumula 340 mil seguidores e 40 milhões de visualizações. Utilizando inteligência artificial generativa, o conteúdo apresenta figuras como Noé, que compartilha sua experiência na construção da arca, e Moisés, que narra a libertação do povo hebreu do Egito.
Especialistas alertam para os riscos associados a esse tipo de conteúdo. Durante o TechFest 2025, na University of Maryland, foi destacado que deepfakes podem replicar vozes e imagens com facilidade, aumentando o potencial para fraudes e manipulações. A professora Minoo Modaresnezhad ressaltou a importância de educar os estudantes sobre os desafios éticos e de segurança cibernética relacionados à inteligência artificial.
O impacto das deepfakes já é visível em diversos setores. Professores da West Virginia University, Laurel Cook e Amy Cyphert, mencionaram que esses conteúdos podem influenciar eventos políticos, citando casos de robocalls que usam a voz de figuras públicas para enganar eleitores. Cook afirmou que a confiança em vídeos e áudios como prova de veracidade está sendo comprometida pela evolução da tecnologia.
Riscos e Preocupações
O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos também se manifestou sobre o uso de deepfakes em atividades maliciosas, como pornografia não consensual e engenharia social. O professor Matthew Wright, do Rochester Institute of Technology, destacou que esses vídeos são mais convincentes e difíceis de detectar do que os antigos "cheapfakes".
O relatório do World Economic Forum de 2025 aponta dois riscos principais: assédio e golpes de engenharia social. Um caso notório envolveu um funcionário financeiro que perdeu US$ 25 milhões após uma chamada de vídeo com participantes deepfakes. Com a popularização de ferramentas como Midjourney e DALL-E, a identificação de imagens falsas se tornou mais desafiadora, mas não impossível.
Técnicas de verificação, como análise de detalhes visuais e busca reversa, podem ajudar a identificar conteúdos manipulados. Além disso, ferramentas automatizadas estão sendo desenvolvidas para detectar manipulações específicas feitas por inteligência artificial.
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