Tecnologia

Indústria musical adota novas estratégias para licenciar conteúdo gerado por IA

Indústria musical investe em tecnologias para rastrear e licenciar conteúdo gerado por inteligência artificial, buscando garantir direitos autorais.

Cerca de 20% dos novos uploads na Deezer já são inteiramente gerados por IA (Foto: NurPhoto /Getty Images)

Cerca de 20% dos novos uploads na Deezer já são inteiramente gerados por IA (Foto: NurPhoto /Getty Images)

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A indústria musical está se adaptando à revolução da inteligência artificial (IA), que desde o lançamento do ChatGPT em 2022 tem gerado preocupações sobre direitos autorais. Em vez de tentar barrar criações geradas por IA, o setor investe em tecnologias de rastreamento e licenciamento para gerenciar esse conteúdo.

Um marco importante ocorreu em abril de 2023, quando a faixa Heart on My Sleeve, um dueto falso entre Drake e The Weeknd, viralizou sem que se soubesse sua origem. Esse episódio destacou a falta de controle sobre o uso de conteúdo sintético nas plataformas digitais. Para enfrentar esse desafio, empresas como YouTube, Deezer e startups como Vermillio e Pex estão desenvolvendo sistemas de detecção e rotulagem de músicas geradas por IA.

Iniciativas de Rastreamento

Essas iniciativas visam aplicar metadados assim que a faixa é criada, permitindo que o conteúdo seja rastreado e licenciado antes de se tornar popular. Na Deezer, cerca de 20% dos novos uploads são gerados por IA. Embora a plataforma não remova essas músicas, limita sua visibilidade e planeja rotulá-las para os usuários.

O sistema TraceID, da Vermillio, analisa faixas em diferentes níveis, como vocais e melodia, para detectar elementos de obras protegidas. Em vez de derrubar as faixas, a proposta é oferecer um modelo de licenciamento autenticado, com potencial de crescimento do mercado de licenças de US$ 75 milhões em 2023 para US$ 10 bilhões em 2025.

Protocolos de Consentimento

Além disso, iniciativas como o DNTP (Do Not Train Protocol) da Spawning AI permitem que artistas optem por não ter suas músicas usadas para treinar modelos de IA. Contudo, a falta de padronização sobre consentimento e licenciamento em larga escala ainda é um desafio. Especialistas sugerem que essas soluções sejam geridas por entidades neutras para garantir credibilidade.

Enquanto a IA transforma a produção musical, a indústria busca se adaptar e proteger seus interesses, seja por meio de novas tecnologias, processos judiciais ou acordos de licenciamento.

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