Tecnologia

Algoritmos moldam o acesso à informação nas redes sociais e suas consequências

Plataformas digitais enfrentam pressão por regulamentação para combater a desinformação e proteger a qualidade da informação.

Sistemas de recomendação cruzam dados de consumo de milhões de usuários para prever interesses e moldar a experiência de navegação nas redes. (Foto: Teera Konakan/Getty Images)

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Os sistemas de recomendação têm ganhado destaque nas discussões sobre curadoria de conteúdos em plataformas digitais. Recentemente, a desinformação se tornou uma indústria global, manipulando percepções e interferindo em eleições, impulsionada por algoritmos que priorizam o sensacionalismo.

Esses sistemas selecionam o que vemos com base em padrões de consumo de perfis semelhantes. A lógica de comunidades de gosto foi traduzida em códigos algorítmicos, inicialmente aplicada à música. Com o tempo, essa abordagem se expandiu para vídeos, notícias e anúncios, organizando a oferta e a demanda de conteúdos online.

A recomendação colaborativa não prevê gostos individuais, mas sim os da comunidade à qual o usuário pertence. Isso permite que conteúdos de nicho sejam monetizados, beneficiando as plataformas, mas não necessariamente os criadores, que continuam a ser mal remunerados. As plataformas centralizam dados e definem métricas de performance, deixando os artistas sem controle sobre a visibilidade de suas obras.

Impactos na Comunicação

A confiança na curadoria algorítmica tem consequências preocupantes. As pessoas acreditam que o conteúdo é selecionado de forma neutra, ignorando que os algoritmos priorizam o que gera mais lucro. Isso resulta em uma circulação de informações de baixa qualidade, prejudicando o jornalismo sério e levando veículos a se submeterem à lógica do engajamento.

A desinformação, agora uma indústria profissionalizada, utiliza algoritmos para manipular a opinião pública, especialmente em campanhas eleitorais. O uso de bots e perfis falsos amplifica discursos extremistas e cria uma falsa sensação de relevância em determinados assuntos.

Necessidade de Regulamentação

A falta de regulamentação permite que a desinformação prospere sem punições. A indústria da saúde, por exemplo, enfrenta desafios com informações falsas sobre vacinas. A desinformação ambiental também sabota políticas públicas, tornando-se uma ferramenta de lobby.

É crucial que a sociedade discuta um modelo de comunicação digital que priorize direitos e diversidade. A responsabilidade pela desinformação deve recair sobre as plataformas, que precisam ser regulamentadas e responsabilizadas. A transparência nos sistemas de recomendação é essencial para garantir acesso à informação de qualidade e proteger a democracia.

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