07 de jul 2025

Vale do Silício chinês se destaca como polo de inovação em inteligência artificial
Liangzhu atrai empreendedores de IA, mas enfrenta desafios de financiamento e acesso a chips avançados em meio ao crescimento do setor.

Pessoas passeiam próximo ao Lago Oeste, em Hangzhou: a cidade se tornou um polo de startups de inteligência artificial, impulsionada por subsídios governamentais e incentivos fiscais (Foto: Qilai Shen/The New York Times)
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Era um sábado ensolarado em Liangzhu, subúrbio de Hangzhou, onde aspirantes a empreendedores de tecnologia apresentavam suas ideias em um evento informal. O local, repleto de jovens programadores, reflete o crescente ecossistema de inovação em inteligência artificial (IA), atraindo talentos pela proximidade com gigantes como Alibaba.
Felix Tao, ex-funcionário do Facebook e Alibaba, organizou o encontro em seu quintal, onde investidores escutavam pitches enquanto os participantes se conectavam. A cidade se tornou um polo tecnológico, com incentivos governamentais que fomentaram o surgimento de centenas de startups. Liangzhu, em particular, se destaca como um centro de inovação em IA, com empreendedores enfrentando desafios como financiamento e acesso a chips avançados.
Nos últimos anos, Hangzhou tem se posicionado como o epicentro da IA na China, com empresas como DeepSeek e Alibaba desenvolvendo sistemas de código aberto de alto desempenho. A DeepSeek, por exemplo, lançou um sistema de IA a um custo significativamente menor que seus concorrentes do Vale do Silício, atraindo atenção internacional. Graduados da Universidade Zhejiang, que formaram a base de muitos desses empreendedores, são altamente valorizados no mercado.
Desafios e Oportunidades
Os fundadores de startups em Liangzhu enfrentam um dilema: aceitar financiamento governamental e adaptar seus produtos ao mercado local ou buscar capital independente para expandir internacionalmente. A dificuldade em atrair investimentos estrangeiros é uma preocupação constante, especialmente após a ByteDance, mãe do TikTok, ter sido alvo de investigações nos EUA.
Outro desafio é o acesso a chips avançados, essenciais para o desenvolvimento de IA. Com as restrições impostas pelos EUA, empresas chinesas como Huawei e SMIC estão em busca de soluções internas, mas a incerteza sobre a durabilidade dos estoques de chips da Nvidia persiste.
Entre os projetos inovadores, Qian Roy desenvolveu um aplicativo de IA que responde a estados emocionais de jovens, enquanto a Mindverse, cofundada por Tao, busca ajudar usuários a gerenciar suas vidas por meio da tecnologia. A atmosfera criativa de Hangzhou, com seu lago inspirador, é um combustível para a inovação, permitindo que jovens empreendedores sonhem em criar a próxima grande empresa de tecnologia.
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